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16 de junho de 2013Entrevista: Purple Cases!
É muito bom ver gente talentosa e com boas idéias ingressando no mercado musical no Brasil. O mercado como um todo ganha, pois os níveis de qualidade e exigência começam a ser mais elevados. Esse é o caso da Purple Case, que chegou a pouco tempo mas já garantiu o seu espaço! E eles querem mais! Confira o papo que tivemos com o criador da marca!
Pedais & Efeitos: Anderson, obrigado por disponibilizar um tempo para responder a nossa entrevista! Como surgiu a idéia de criar a Purple Case? Você é músico e sentiu a necessidade de algo mais apropriado a sua necessidade ou foi uma oportunidade de mercado?
Anderson: Obrigado pelo espaço e será um prazer para nós! Costumo dizer que a Purple Case surgiu no susto, uma mistura dos dois tópicos que citou. Em 2012, aproveitando alguns conhecimentos básicos de luthieria e ferramentas para marcenaria, criei um board muito simples em mdf para atender um pequeno set de pedais que havia adquirido. A ideia inicial era ter algo bacana e com baixo custo, o primeiro fator foi atingido, agora baixo custo foi meu primeiro erro. Ora, a conta era simples, mdf = baixo custo, mas na prática não foi tão fácil assim. Durante o processo senti na pele a necessidade de novas ferramentas de qualidade para trabalhar com mais precisão e desde então não parei de investir até hoje.
Pedais & Efeitos: Qual foi o primeiro modelo criado por você?
Anderson: O primeiro modelo criado já como Purple Case foi para o Felipe Freire do RJ. Primeiro cliente a gente nunca esquece, acreditou na marca desde os 10 primeiros likes na fan page (que hoje já passam dos 6 mil). Era um pedalboard bem parecido com o modelo que criei para meu set, todo em mdf e com aberturas na superfície para passagem dos fios e cabos, a medida era cerca de 70×40 cm, que hoje evoluiu para nosso V70 Case Board.
Pedais & Efeitos: E o Purple Board(foi como eu conheci a marca)? Como foi o projeto de concepção de produto até o lançamento?
Anderson: O Purple Board foi o modelo comercial que representou efetivamente nosso investimento na marca e abertura oficial da empresa. Durante a produção dos boards em mdf, percebi a necessidade de apresentar a Purple Case como nova empresa em nosso setor, que já sofre com a carência de marcas focadas exclusivamente nesse tipo de produto há tempos. Minha sócia Violeta Bafile e eu, decidimos criar um lote inicial com somente 50 unidades do board todo feito em aço carbono, cortado a laser e dimensões diferenciadas do mercado, 65×36 cm. Um board com tamanho médio mas espaço para muitos pedais, cerca de 15 já cabeados. Posso dizer que foi um sucesso de vendas e aceitação pois as primeiras peças a pronta entrega foram enviadas para todo o Brasil em 2 meses de site no ar. Conseguimos superar nossas metas, as pessoas passaram a olhar para a Purple Case como empresa e fazer comparações com as marcas já em atividade no mercado.
Pedais & Efeitos: O Purple Board está fora de linha ou você pretende retomá-lo em algum momento?
Anderson: Até o momento dessa entrevista o Purple Board está esgotado, foi nosso carro chefe e cumpriu seu papel que era mostrar para as pessoas que podemos fabricar produtos 100% nacionais, com qualidade, design, preço competitivo e sem abrir mão da estética. Logo o board será renovado e poderá voltar a fazer parte da nossa linha sim, a ideia da Purple Case é trabalhar sempre com novidades. Entendemos que os boards comuns ficarão para trás, existe uma forte tendência que pede inovação e o comportamento dos músicos amadores e profissionais está mudando com relação a organização na montagem de sets.
Pedais & Efeitos: E como surgiu a idéia para a nova linha “V”?
Anderson: Sempre fomos apaixonados pelo estilo vintage, por objetos artesanais dos anos 50/60/70. Naquela época os criadores handmade faziam seus produtos um por um, a qualidade era visivelmente maior e os produtos recebiam detalhes de acabamento que não encontramos hoje na indústria em série. Nós tentamos resgatar essa essência como inspiração para criar a linha V Case Board. Cada produto é feito individualmente, adicionamos eletrônica e algumas modernidades para cada cliente ter uma peça funcional e ao mesmo tempo um objeto de decoração para sua prateleira ou estúdio enquanto não está em uso.
Pedais & Efeitos: Você pode nos falar um pouco mais sobre a linha V? Como são construídos, que materiais são utilizados,etc.
Anderson: Essa linha é completa para todos os músicos brasileiros que valorizam e investem em seus equipamentos. Um pedalboard construído em aço carbono para sua superfície ser muito mais resistente e acompanhado de bordas arredondadas em madeira ecológica de reflorestamento. Possui aberturas para passagens de fios e cabos, amplo espaço interior para armazenamento de fontes, réguas de energia e pedais sem uso por pisadas como noise gate. O diferencial dessa linha é que até mesmo o modelo mais básico já vem equipado com jacks no soquete vintage de Telecaster para guitar in e amp out + soquete de energia com botão on/off cuja função é levar energia para dentro do board por meio de um cabo AC incluso. Cabos e plugues Lava Cable que já são conectados aos jacks e dispensam apresentação. Um suitecase construído em madeira naval de 10mm, bordas arredondadas e acabamento ao melhor estilo Vintage Sunburst com fechos borboleta de embutir + dobradiças removíveis e uma alça de couro reforçada. O interior é todo forrado com carpete preto super aderente a velcro.
Os itens de linha são V45 com 45×30 cm, V60 com 60×30 cm, V70 com 70×40 cm e o gigante V90 com 90×40 cm. Os opcionais vão desde jacks adicionais para send/return (loop) já com Lava Cabe instalado, alteração da tomada comum do soquete de energia para cabo AC padrão Voodoo Lab/T-Rex ou filtro de linha profissional, porém, com novo padrão nacional de tomadas, velcros já aplicados na superfície, estofado interior com pelúcia e acabamento com couro sintético ao invés de tecido externo.
Pedais & Efeitos: Como está o prazo de entrega para encomendas?
Anderson: O prazo de entrega atual está no máximo em 45 dias úteis de espera. Número que varia de acordo com a fila de pedidos mas geralmente entregamos os produtos antes do vencimento.
Pedais & Efeitos: Qual a maior dificuldade no processo de construção de Pedalboards?
Anderson: A maior dificuldade do processo é manter o foco, durante o mesmo sempre surgem novas ideias e a vontade de alterar o produto é grande. Mas sem dúvida a pior parte é definir e começar, depois que já errou muitas vezes a experiência começa a jogar no seu time, finalmente.
Pedais & Efeitos: Na sua opinião qual é a principal vantagem competitiva da Purple Case?
Anderson: Acredito que a principal vantagem da Purple Case está na união dos conhecimentos sobre música, design e vontade de inovar, criamos materiais que são colecionáveis, as pessoas gostam da nossa marca e pedem produtos com nossa imagem estampada.
Pedais & Efeitos: E com relação a novidades? Você pode nos adiantar quais serão os próximos passos da Purple Case?
Anderson: Nosso foco total é propor novos boards e cases, podem esperar que já estamos trabalhando em 2 protótipos com previsão de lançamento em setembro desse ano. Outra novidade será a linha de cases vintage para instrumentos!
Pedais & Efeitos: Anderson, muito obrigado pela entrevista! Quer deixar algum recado pra os nossos leitores?
Anderson: Agradeço em nome da Purple Case o espaço oferecido por vocês do Pedais & Efeitos para divulgar nossas ideias. Nosso mercado está novamente prestando mais atenção no trabalho handmade e confiando seus investimentos nesse setor. Temos orgulho do trabalho artesanal e convidamos a todos para acompanhar de perto em nossa fan page do Facebook os lançamentos que estão por vir. Grande abraço!