Acabamento/Construção/Embalagem

Esse é o primeiro pedal da Tonewave FX que analisamos e fiquei muito bem impressionado com a qualidade entregue pelo fabricante nesses quesitos. A pintura do Borealis foi idealizada num preto fosco, com o nome do pedal e inscrições coloridas, oferecendo um contraste muito legal. A pintura é muito bem executada com as inscrições nos controles bem visíveis e fáceis de identificar. Simples mas de muito bom gosto.

A construção é impecável, com uma placa muito bem montada e organizada, com bons componentes. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como a entrada para fonte de alimentação. O Borealis deve ser alimentado com fonte padrâo (9v, centro negativo) e não possui a opção de alimentação por bateria. O pedal é true bypass e possui uma chave de acionamento totalmente silenciosa com uma pegada bem diferente de outras que eu já havia testado. Bem legal!

A embalagem da Tonewave é bem simples, no padrão “caixa branca com adesivo”. O pedal vem muito bem embalado num saquinho de pano personalizado e acompanham o pedal um botom bem legal e um adesivo. Senti falta de um manual, que pudesse explicar o funcionamento dos controles, por mais simples que eles sejam.

Timbres

Se tem um tipo de pedal que está na moda ultimamente é o tal do ” Overdrive transparente”. O significado e a utilização desse termos já foram debatidos à exaustâo, então eu não pretendo entrar no mérito da questão aqui. Mas se você curte esse tipo de sonoridade proporcionada por essa categoria de overdrives, o Borealis foi feito para você!  Se trata de um overdrive de baixo/médio ganho que respeita bastante as características sonoras do seu instrumento/amplificador mas que também tem sua personalidade própria.

Pra mim a grande vantagem que o Borealis leva na frente de outros concorrentes na mesma categoria são os controles de equalização através dos knobs Bite e Filter. O controle Filter vai trabalhar as freqûencias agudas, fazendo exatamente um filtro do quanto elas estarão presentes no seu sinal. O controle Bite vai trabalhar nas frequências graves do circuito, interferindo também na quantidade de ganho do pedal. Isso oferece muito mais possibilidades do que encontramos normalmente apenas em um controle de tone.  Esses controles vão trabalhar as frequências sem mascarar o timbre do instrumento, de maneira bastante musical. Ele proporciona uma clareza à palhetada e uma definição nas notas que me conquistou.

O Borealis pode trabalhar de diferentes maneiras no pedalboard. Em termos de de ganho, ele pode de um booster sujo até um overdrive de segundo estágio. A minha opção na maioria das vezes em que o utilizei foi como overdrive de primeiro estágio. Na minha configuração favorita (Observe no fim do texto) eu utilizei ele ligado praticamente o tempo inteiro. Ele se adequa muito bem a diferentes amplificadores e guitarras. Também utilizei o Borealis somado a outros drives e fuzzes e tudo soou muito bem com ele empurrando ou sendo empurrado por outros pedais. A combinação dele com diferentes pedais de fuzz foi particularmente matadora! Com mais ganho ele foi capaz de cobrir territórios de diferentes vertentes de rock’n roll com muita facilidade mas mantendo sua característica sonora.

Se você está a procura de um pedal de overdrive que ofereça definição, claridade e uma excelente resposta ao seu ataque de palheta eu não poderia recomendar mais o Borealis. É um pedal que será bastante útil em diversas situações e aplicações, oferecendo ótimos timbres. Se tornou um dos meus pedais favoritos exercendo a função de primeiro estágio no pedalboard e tem plenas condições conquistar os pedalboards mundo afora!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O Borealis é um pedal bem simples de se usar mas eu recomendo que se explore bem os controles de equalização, especialmente o Bite, que também interage com a quantidade de ganho do pedal. Isso aumenta as possibilidades criando diferentes texturas na relação graves/ganho.

Regulagem Favorita

Drive: 09:00h

Volume: 1:00h

Bite: 11:00h

Filter: 1:00h