Acabamento/Construção/Embalagem

A Keeley Electronics é um dos principais fabricantes do mercado. O padrão que a empresa alcançou é altíssimo e não a toa ela ocupa essa posição de destaque. O acabamento dos pedais varia bastante entre os modelos mas com uma característica bem presente na maioria deles: A Simplicidade. O visual do DDR segue a linha da empresa, mas com alguns detalhes que ajudam a diferenciá-lo e oferecer um certo ar de modernidade ao pedal . Por exemplo, na área onde ficam localizados os controles a arte assume uma coloração diferente, ajudando a tornar esses mais visíveis. São alguns detalhes que tornam o todo bem interessante.

A construção do pedal é sólida, com uma placa muito bem montada e organizada. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam localizados na frente do pedal e, através de uma chave lateral, você pode optar pela utilização de cabos TRS para criar um loop de efeitos no pedal (acrescentando efeitos entre o drive e as ambiências), ou utilizá-lo com uma controladora. Além disso o DDR possui uma outra chave lateral que permite você optar por deixar a cauda dos efeitos soando após o pedal ser desligado ou cortar o efeito imediatamente assim que o pedal for desligado (trails on/off). A entrada para fonte de alimentação fica localizada no lado direito do pedal não possuindo a opção de alimentação por bateria. Ele deve ser alimentado por fonte padrão (Centro negativo, 9v) e consome 80mA.

A embalagem da Keeley é numa caixa de papelão customizada, com a logo do fabricante em todas as laterais e um adesivo identificando o modelo do pedal a que a embalagem se refere. Dentro, o pedal vem embalado num saquinho de plástico com um manual simples, mas bem escrito e ilustrado. Um adesivo com a logo do fabricante e uma plaheta personalizada acompanham o pedal.

Timbres

Seis possibilidades em um pedal. É isso que oferece o DDR. São dois tipos de Drive, dois tipos de Delay e dois tipos de Reverb. É um pedal que pode tranquilamente ser utilizado para resolver uma Gig, numa vibe  Blues/Rock, por exemplo. Tudo de maneira direta e simples. Em um dos lados do pedal você encontra os três controles para regulagem do drive e logo abaixo o tipo de drive que deseja utilizar, uma sonoridade mais crunch ou uma com mais ganho para solos ou coisas um pouco mais pesadas (nada para sons mais extremos). No outro lado, você pode optar por delay ou reverb, através de uma chave localizada no centro do pedal. E aí vocô pode escolher entre Spring e Plate, no cado do reverb ou entre Digital e Analógico, no caso do Delay.

No lado dos Drives, o modo crunch é inspirado na sonoridade dos Bluesbreaker, com uma faixa de agudos muito bem definidos e médios pronunciados, mas que não soam exagerados. Esse modo é ótimo para bases e riffs mais “Rock’n Roll”. Pode imaginar sons inspirados em bandas como AC/DC ou The Black Crowes, por exemplo. Mesmo sendo teoricamente o modo mais “fraco” , quando elevamos o controle de ganho para regulagens alta o pedal entregou boas doses de distorção. No lado direito da chave, você seleciona o o modo Lead, que é baseado no clássico Tube Screamer. Aqui você vai encontrar mais ganho e uma ênfase em frequências médio/graves, que vão funcionar muito bem para guitarras equipadas com Single-Coils. Quem já está acostumado com a sonoridade clássica dos TS’s, vai se sentir em casa “desse lado” do pedal. Os controles de Tone e Gain tem um bom range atuação, entregando boas possibilidades de variação ao músico.

O lado Wet não é menos interessante. Vamos começar com o Reverb, que oferece sons de Spring (chave na posição Vint) ou Plate (chave na posição Mod). Quando o reverb está selecionado, o controle Time se transforma num controle de tonalidade. Na opção Vint, o Spring soa bem autêntico, oferecendo um timbre bem quente e musical. Com a chave na posição MOD, o Plate reverb chega com uma sonoridade cheia e espaçosa, se tornando uma ótima ferramenta para criar ambiências. Quando a opção é pelo Delay, você pode alternar entre um delay digital ou analógico. Ele funciona muito bem tanto para timbres tipo slapback como para delays mais longos e o controle blend ajuda muito na hora de definir se as repetições (ou o reverb) estarão mais presentes na sonoridade ou não.

Apesar de ser um pedal muito prático o DDR tem algumas limitações. A primeira é você ter que selecionar entre delay OU reverb. Uma opção com a possibilidade de utilizar os dois efeitos seria muito bem vinda. A outra é a troca de efeitos. Mudar o tipo de overdrive ou de delay para reverb durante uma música é bem invíavel, já que você teria que ficar se abaixando para mexer nas chaves e isso complica demais esse processo. Mas mesmo com essas limitações, o DDR continua sendo uma opção pra lá de interessante para quem precisa de algo prático ou quer montar um pedalboard bem compacto. Nesse pedal você vai encontrar timbres bem satisfatórios. Uma pena que possamos utilizar apenas um de cada vez.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Apesar de tantas opções de som, o DDR é um pedal muito simples de se usar. Os controles são de simples entendimento e bem acessíveis, fazendo com que o músico possa ligar o pedal e sair tocando sem muitas dificuldades. A escolha de delay e reverb e com relação ao tipo de overdrive são circunstanciais e vão atender bem em qualquer que seja a opção escolhida.

Regulagem Favorita

Level: 1:00h

Tone: 11:30h

Drive: 1:30h

Style: Crunch (lado esquerdo)

Delay/Reverb: Delay

Blend: 1o:00h

Decay: 10:00h

Time: 09:00h

Vint/Mod:Vint