Review: Face Breaker Tone Ink

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Review: Face Breaker Tone Ink

 

Acabamento/Construção/Embalagem

A Tone Ink optou por um padrão visual nos seus pedais e isso gera um reconhecimento quase que imediato dos pedais do fabricante. A caixa do Face Breaker é branca com uma fina placa nas cores dourado e preto fixada na parte superior do pedal. O visual e as cores remetem a um amplificador Marshall, com o detalhe maior em preto fazendo alusão a um Fuzz Face(?). As inscrições na placa são bem visíveis o que facilita a visualização dos controles. O resultado final ficou bem legal!

A construção do pedal é bem sólida. A placa é bem montada e soldada, com componentes de qualidade, incluindo aí os pots, knobs, switches e footswitch. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal assim como a entrada para fonte de alimentação. O Face Breaker pode ser alimentado via fonte padrão (centro negativo) com 9v ou 18v (para mais headroom) e ele não possui a opção de alimentação por bateria. O pedal é true bypass.

A embalagem é uma caixa de papelão simples, toda lisa com um carimbo na parte de cima indicando o modelo que está dentro da caixa. Funcional, mas sempre acho que produtos bacanas merecem um tratamento melhor. Dentro da caixa acompanhando o pedal vem um manual de uma folha, simples, mas muito bem escrito, explicando muito bem as funcionalidades do pedal e o que o músico pode esperar de cada uma delas.

Timbres

Um dos grandes méritos que eu pude observar nos pedais da Tone Ink é a enorme capacidade de equalização e consequentemente adaptação dos pedais a diferentes necessidades e o Face Breaker não foge dessa regra. E como estamos falando sobre um fuzz, isso é um feito e tanto. Não é tão comum que pedais desse gênero entreguem tanto em termos de equalização e os que estão acostumados aos circuitos “mais simples” do efeito podem se surpreender positivamente com esse viés versátil que ele oferece. E isso com poucos controles.

O Face Breaker pode ser utilizado de diferentes maneiras. Consegui ótimos timbres de fuzz (é óbvio) mas também utilizei o pedal em diferentes situações como overdrive e distorção, com ótimos resultados. Quando eu me refiro a overdrive não espere encontrar aquela sonoridade tradicional, mas um timbre que pode substituí-la de uma maneira menos “careta”. Consegui essa sonoridade tanto reduzindo o ganho no pedal como apenas reduzindo o volume da guitarra, o que abre uma possibilidade bem interessante, que é a de ter dois níveis distintos de ganho no pedal, com apenas esse recurso.  Os controles do pedal são muito efetivos e interagem bastante entre si. A chave “Plexi” determina o corpo dos graves e a saturação do último transistor do circuito. Na posição “JTM 45” oferece um timbre mais firme e um pouco mais limpo, enquanto na posição “Super Bass” o timbre é mais gordo, flertando com o gated. A chave “Punch” aciona um estágio de ganho a mais no circuito através de um transistor de germânio, acrescentando mais ganho ao timbre. Na posição “Face” você vai encontrar um timbre mais encorpado e na posição “Bender” um timbre mais agressivo e cortante.

A chave Mid é a que provoca a maior “transformação” no timbre do Face Breaker, já que ela, na posição “Muff” vai escavar os médios trazendo o tone stack do clássico Rams Head ’75. No modo Full ela vai atuar flat em relação ao circuito, quando o controle de tone estiver posicionado na posição 12:00h. Falando no controle de tone, ele trabalha variando as frequências de um modo particularmente interessante. Para a direita você aumenta os agudos e reduz os médios/graves e no sentido oposto corta os agudos e acrescenta médios/graves.  São MUITAS opções e possibilidades para você conseguir extrair um ótimo timbre de fuzz. Explorei o Face Breaker em diferentes guitarras e o resultado foi bem interessante em todas, com uma predileção pela utilização com single-coils. Os danados cantaram com esse pedal!  Como os humbuckers que estão na minha Les Paul tem uma saída um pouco mais alta, não curti tanto utilizar o pedal com eles. Para o meu gosto, embolou um pouco o timbre. Todas essas possibilidades de equalização também ajudam a utilização do Face Breaker em conjunto com outros pedais, como overdrives e boosters.

As possibilidades do Face Breaker são enormes. Você pode encontrar diferente maneiras para utilizá-lo apenas mudando a posição de uma chave e isso é bem divertido (e tentador também, são muitos sons…). É um pedal de fuzz que vai agradar quem já gosta desse tipo de sonoridade e pode conquistar novos adeptos pela capacidade do pedal de trabalhar em outras funções (como overdrive ou distorção). Tanto trabalhando com uma sonoridade mais “gated” como com um timbre mais “limpo”, quer como Muff ou mais voltado para Fuzz Face, os timbres não decepcionam. O Face Breaker para mim já é uma das opções mais legais de fuzz disponíveis no mercado nacional. E é um pedal que tem o potencial de continuar surpreendendo por bastante tempo.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Não se iluda. Apesar de ser um pedal com poucos controles e simples de operar, o Face Breaker MERECE uma dedicação para que todos os controles e suas interações sejam bem entendidas para que se consiga extrair o melhor do pedal. “Mas se eu simplesmente plugar e sair tocando?” você pode estar se perguntando. A resposta é que dificilmente você vai conseguir tirar um timbre ruim desse pedal. Mas esse investimento nas possibilidades dele vão oferecer um entendimento melhor do pedal e os timbres ideais para o seu setup irão surgir mais naturalmente.

 

Regulagem Favorita

Volume: 1:00h

Tone: 11:00h

Gain: 2:00h

Plexi: JTM 45

Mid: Full

Punch: Face

 

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