Acabamento/Construção/Embalagem

O acabamento dos pedais da Trefílio, em linhas gerais, é bem simples. Mas particularmente eu acho que na simplicidade a empresa conseguiu criar a sua identidade. Os pedais anteriormente só possuíam os nomes gravados na caixa crua. Agora, receberam uma arte (relativamente pequena) no centro do pedal. Adicionou uma “pitada” de cor sem descaracterizar a identidade que já vinha sendo construída pelo fabricante. A arte no Holy Driver é a de um guerreiro numa bigorna destacada em tons amarelos. A identificação dos controles é de fácil visualização. É Como eu citei anteriormente: Simples e funcional:

A construção dos pedais da Trefílio é realmente “Handmade”. Os componentes (de boa qualidade) são soldados à mão na placa, numa montagem simples. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam nas laterias do pedal, enquanto a entrada para fonte de alimentação fica na “frente” do mesmo. O Holy Driver deve ser alimentado através de fonte padrão, 9v.

A embalagem do fabricante é simples, em papelão “cor madeira” com a logo do fabricante estampada na parte superior. O pedal vem embalado num saco de plástico. Eu gostei bastante do manual do fabricante. Muito bem escrito e elucidativo, esclarecendo TODAS as características e modo de funcionamento do pedal. Por mais que o pedal seja de simples operação. Parabéns ao fabricante por essa preocupação.

Timbres

O Holy Driver é um overdrive de ganho médio, que pode cumprir as funções de drive de primeiro ou segundo estágio dentro do seu pedalboard. É um pedal bem musical e que pode ser utilizado de diferentes maneiras, sempre oferecendo um resultado interessante. Eu pude testá-lo em guitarras com diferentes captadores e o resultado foi legal em todas.

Por ser um pedal com apenas três controles. [e um pedal bem direto em sua utilização. Eu diria que o “coração” do pedal é o controle de tonalidade. Ele não é dos mais abrangentes que você vai encontrar no mercado, mas atua em frequências bem importantes. Não espere encontrar timbre ultra agudos com o controle de tonalidade bem aberto ou demasiadamente fechado no sentido oposto. É um controle bem equilibrado, que oferece médios bem “cremosos” que certamente irão ajudar a destacar o seu timbre na mix. Outro detalhe é que a posição do controle de tonalidade também vai influenciar no volume final do pedal. Em termos de ganho, ele cobre uma faixa de blues/rock bem ampla. Ele se saiu bem legal para sons de rock setentista e ele trabalhou muito bem com outros pedais de drive/fuzz, com uma economizada na quantidade de ganho. Utilizei ele no meu pedalboard como um overdrive de primeiro estágio e, mesmo entendendo que ele cumpre melhor a função de drive de segundo estágio, ele segurou bem as pontas e entregou o que eu precisava. Mesmo com ganho no mínimo o pedal entrega  um overdrive rico e já com ganho considerável, capaz de entregar uma boa sonoridade para blues ou para um rock alternativo.

O Holy Driver não vai revolucionar o mercado, e nem tem essa pretensão. Mas é um pedal de overdrive que será útil na maioria dos pedalboards por aí e se você toca rock/blues/gospel/soul ou algum outro estilo que precise de um overdrive vigoroso com uma boa quantidade de médios vai lhe atender de uma maneira muito competente. Ele tem um controle de tone bem centrado (alguns podem achar limitado) e sem uma enorme variação de ganho, o que não o torna tão versátil assim. Mas é um overdrive com personalidade que pode proporcionar ótimos sons e se tornar bem útil. Vale a pena conhecer!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O Holy Driver é praticamente “Plug and play”. O timbre do pedal está pronto, bastando a você encontrar a melhor regulagem para adequar ao tipo de guitarra e captadores que você está utilizando. Ele vai respeitar as características do seu instrumento, mas os controles vão responder de maneiras diferentes para captadores diferentes. Vale a exploração!

Regulagem Favorita

Volume: 12:00h

Tone: 01:00h

Ganho: 01:00h