
Belle Epoch+
24 de novembro de 2025
Kilt 10
27 de novembro de 2025Review: Red Crunch 3 N2 Audio

Acabamento/Construção/Embalagem
No Red Crunch 3 a N2 Áudio mantém o padrão de acabamento dos seus pedais anteriores respeitando a identidade de cada pedal. O acabamento é muito bem pensado, com uma pintura muito bem feita. As cores do pedal em preto, branco e vermelho oferecem um ótimo contraste para uma boa visualização da arte e dos controles no pedal. Destaque também para as laterais em vermelho do pedal. As inscrições do pedal são quase todas na cor branca (com exceção do Red no nome) e facilitam bastante a visualização dos nomes dos controles. A escolha de cores diferentes para os knobs ajuda a destacar o visual do pedal.
A construção do pedal também é de alto nível, com uma montagem muito bem organizada e limpa. A placa é muito bem montada e possui bons componentes. Para um pedal com tantas funções e possibilidades, o Red Crunch 3 tem um tamanho bem interessante. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como a entrada para alimentação. Ele deve ser alimentado com fonte padrão (centro negativo, 9v). Além disso, a chave MODpermite alternar entre dois modos de operação para cada canal. Esse modelo é equipado com chaveamento soft touch inteligente e é true bypass.
A embalagem da N2 é um capítulo a parte. A caixa é de madeira, num trabalho de machetaria muito bem executado. A logo do pedal e o nome do fabricante são impressas na parte superior da caixa. É uma embalagem muito bem pensada que só valoriza ainda mais o produto! Dentro o pedal vem embalado num saco plástico e com um manual muito bem diagramado e com todas as explicações necessárias para um bom entendimento sobre o funcionamento e operação do pedal.
Timbres
A proposta do Red Crunch 3 é ser uma solução completa e versátil para quem gosta e procura os timbres distorcidos dos famosos amplificadores Marshall. Esse pedal oferece quatro possibilidades distintas de sons baseados nos famosos amps britânicos e você pode fazer boas combinações delas. As opções oferecidas pelo pedal são: Plexi e JCM800 no canal A e Be OD e Ultra Gain no Canal B. Cada canal possui controles independentes de Ganho e volume o que permite que o músico ajuste o pedal de diferentes formas. O Red Crunch v.3 ainda oferece uma seção de equalização ativa completa com graves, médios, agudos e presence. Essa equalização é compartilhada pelos dois canais e existem aspectos positivos e negativos sobre essa abordagem.
No lado direito (que é o canal A) você tem a sonoridade do Plexi (quando o led está verde) que é a sonoridade com menos ganho no pedal, ideal para sons de, blues rock, classic rock e hard rock. Quando o led vermelho é acionado entra em ação o modo JCM 800, com graves mais presentes e mais ganho do que o modo anterior. Aqui você começa a flertar com sonoridades que podem ser utilizados para uma onda se aproximando de sons para um heavy metal clássico. Esse lado do pedal, pelos sons que eu toco, foi o mais útil para mim. Seria capaz de tocar utilizando apenas o canal A do Red Crunch v.3 para a maioria dos sons que tenho tocado ultimamente. Mas se a sua praia está mais para o lado sombrio do ganho, o seu “lado” é o canal B (então pule para o próximo parágrafo).
No canal B as coisas assumem uma outra proporção em termos de ganho. Quando o led verde está acionado o Red Crunch v.3 vai entregar sons baseados no Friedman BE OD, que é baseado no amplificador BE-100 conhecido por ser um “Marshall Evenenado” e logo ao acioná-lo você entende o motivo da alcunha. O pedal vai entregar um timbre com bastante ganho e com uam dinâmica interessante. Mesmo em quantidades baixas de ganho ainda é suficiente para sonoridades de Hard Rock. Quando o led vermelho é acionado o pedal entra no modo Ultra-Gain e aí as coisas assumem uma dimensão quase que exclusivamente voltada para sons pesados. Inclusive é preciso ter cuidado quando utilizar esse modo em guitarras equipadas com humbuckers, pois a tendência de a sonoridade ficar toda embolada, especialmente em altas quantidades de ganho é bem considerável. Foi o modo que menos me agradou, mas também não é o tipo de sonoridade que eu costumo utilizar pra tocar, então leve isso em consideração na minha análise.
No mar de “Marshall’s in a Box” que inundam o mercado, o Red Crunch v.3 é um dos mais interessantes e versáteis. A equalização compartilhada entre os canais pode ser bem útil em algumas situações e limitar a atuação do pedal em outras, mas contar com quatro possibilidades de ajustes de frequências (graves, médios, agudos e presença) torna fácil a missão de ajustar o pedal a diferentes necessidades. As quatro opções que o pedal oferece são diferentes o suficiente para fazerem sentido no mesmo pedal. Claro que se trata de uma versatilidade limitada, dentro de um mesmo “tema”, mas me diverti bastante explorando essas possibilidades e suas nuances. O Red Crunch v.3 é uma BAITA opção para quem gosta da sonoridade dos amps britânicos e pode ser uma solução definitiva para quem quer contar com esse tipo de opção no seu pedalboard.
Facilidade de Usar/Achar bons timbres
O Red Crunch v.3 é um pedal bem simples de se operar. A equalização compartilhada ajuda muito nesse quesito, mas talvez sejam necessários pequenos ajustes para a utilização com os diferentes modos. O fato do botão para alternância de canais não ser acessível com os pés torna as coisas um pouco mais complicadas para o pedalboard, então o jeito é preparar o pedal para utilização dos canais A e B, sem pensar em mudança rápida dentro dos canais. Os timbres são
Regulagem Favorita
Bass: 12:00h
Mid: 01:00h
Treble: 12:00h
Presence: 01:30h
Vol A: 02:00h
Gain A: 1:30h
Led A: Verde (Plexi)
Vol B: 01:00h
Gain B: 11:30h
Led B: Verde (Be OD)





