Acabamento/Construção/Embalagem

Esse é o primeiro pedal que analisamos da empresa catalã Ananashead FX. A premissa da empresa é a de recriar circuitos clássicos com alguns toques de modernidade. O visual dos pedais da empresa é simples, normalmente pintados em apenas uma cor. No caso do Superfuzz v.2 que estamos analisando, uma cor amarela com as inscrições em preto, tudo bem visível e claro. Também é possível encontrar esse modelo em outras cores (eu não sei qual o critério utilizado pelo fabricante para escolher as cores, se é por lote ou demanda).

O padrão de construção da empresa é muito bom, com uma placa muito bem montada, se utilizando de bons componentes. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam localizados nas laterais do pedal assim como a entrada para a fonte de alimentação, que fica localizada logo abaixo do jack de saída de áudio (no lado esquerdo do pedal). O Superfuzz v.2 deve ser alimentado com fonte padrão (centro negativo, 9v).

A embalagem utilizada pelo fabricante é bem simples. Uma caixa de papelão pardo com o adesivo do fabricante na parte superior. Dentro, o pedal vem embalado num saquinho de tecido e é só. Por mais simples que o pedal seja, senti falta de um manual.

Timbres

O Superfuzz v.2 é baseado no Shin-Ei/Univox FY6. Se trata de um octave fuzz com sonoridade clássica com transistores e diodos de germânio NOS com o objetivo de oferecer uma oitava mais pronunciada. E se você gosta de fuzz e nunca tentou um octave fuzz, está perdendo uma ótima oportunidade! Possivelmente é uma das categorias de fuzz mais específicas e indomáveis, mas vale o esforço para encontrar novos e ótimos sons.

A primeira coisa que me chamou a atenção no Superfuzz v.2 foi o controle Octave. Ele tem a função de deixar a oitava mais pronunciada, como se espera num bom octave fuzz mas ao girar o knob no sentido anti-horário, ele retira a oitava de jogo e o som do pedal se aproxima do território synth, criando texturas bem interessantes. Só com esse controle já dá para se divertir bastante! O controle de Tone é uma outra ótima sacada do fabricante, já que ele é o responsável por controlar a quantidade de médios do pedal. Você pode acrescentar ou retirar os médios de acordo com a sua necessidade e ter esse recurso num pedal de fuzz é sempre muito interessante, pelo menos para mim.

Na maior parte do tempo eu utilizei o Superfuzz v.2 de uma maneira mais “convencional”  explorando os timbres de fuzz dele, que são muito bons. Mas em alguns momentos experimentei somá-lo a um overdrive, e os resultados foram bem interessantes. Reduzi o ganho do fuzz para utilizá-lo quase como um booster de médios e em algumas situações somando a oitava também ao overdrive. E consegui timbres bem legais com essas misturas! Obviamente é preciso ter certos cuidados com os níveis de ganho dos pedais para evitar ruídos mas vale a pela explorar o pedal também dessa maneira.

O Superfuzz v.2 é um pedal simples, mas com recursos bem interessantes que podem acrescentar certa versatilidade ao pedalboard, mesmo se tratando de um efeito tão específico. Ele me oferecer essas opções foi algo que eu não esperava e que acrescentaram bastante ao meu pedalboard na hora de explorar novos sons e possibilidades. Seja como um octave fuizz tradicional, seja com sons flertando com synth ou trabalhando em conjunto com outros pedais, ele se saiu muito bem, oferecendo uma bem vinda (e inesperada) versatilidade.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Se você á conhece outros pedais de octave fuzz e gosta desse tipo de sonoridade não vai ter dificuldade alguma em operar o Superfuzz v.2 e extrair dele os timbres que você procura nesse tipo de efeito. A (boa) supresa vai ser o knob de Tone controlando os médios. Se você não for muito familiarizado com esse tipo de efeito, talvez demore um pouco mais para entender tudo o que ele pode lhe oferecer mas de maneira geral não é o tipo de pedal que vá causar algum tipo de dificuldade a quem quiser utilizá-lo.

Regulagem Favorita

Tone: 11:30h

Octave: 1:30h

Balance: 2:00h

Expander: 9:00h