Acabamento/Construção/Embalagem

Ese é o primeiro pedal da N2 Audio que avaliamos a a primeira impressão não poderia ser melhor! O acabamento do Vulture é impecável, com uma pintura muito bem feita. As cores do pedal em preto e dourado oferecem um ótimo contraste para uma boa visualização da arte e dos controles no pedal. A arte possui muitos elementos e poderia ser um pouco mais “clean” (para o meu gosto, é claro) mas nada que comprometa um ótimo resultado final.

A construção do pedal também é de alto nível, com uma montagem muito bem organizada e limpa. A placa é muito bem montada e possui bons componentes. Para um pedal com tantas funções e possibilidades, o Vulture tem um tamanho bem interessante. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como a entrada para alimentação. Ele deve ser alimentado com fonte padrão (9v, centro negativo) e não possui opção para alimentação por bateria. O pedal consome 100mA e o acionamento dos footswitches é do tipo “soft” (sem barulho quando acionados). Aind avale mencionar que ele é true bypass.

A embalagem da N2 é um capítulo a parte. A caixa é de madeira, num trabalho de machetaria muito bem executado. A logo do pedal e o nome do fabricante são impressas na parte superior da caixa. É uma embalagem muito bem pensada que só valoriza ainda mais o produto! Dentro o pedal vem embalado num saco plástico e com um manual muito bem diagramado e com todas as explicações necessárias para um bom entendimento sobre como o pedal funciona.

Timbres

A (ousada) proposta do Vulture é oferecer timbres inspirados no álbum Continuum do John Mayer. Para isso o fabricante reuniu num único pedal um booster e dois canais de overdrive, que podem ser utilizados de diferentes formas graças aos recursos oferecidos pelo pedal.  É praticamente uma solução completa de saturação para o seu pedalboard. Os circuitos oferecidos são baseados no Katana Boost, TS10 e Klon Centaur. E o que torna tudo mais interessante, são as combinações que você pode fazer com isso tudo.

No modo verde (que a princípio é acionado pelo footswitch da direita do pedal) o overdrive selecionado é o TS10. E para quem já conhece bem a sonoridade desse tipo de circuito, vai ficar bem satisfeito com o timbre que o Vulture entrega. É uma sonoridade clássica, com aqueles já conhecidos médios bem pronunciados e que pode muito bem ser utilizado como um overdrive de primeiro ou segundo estágio. A chave de clipagem de duas posições ainda permite a altenância entre clipagens de led e silício, oferecendo entre um timbre mais comprimido e outro com com menos compressão e mais volume.  No modo vermelho (que a princípio é acionado pelo footswitch da esquerda do pedal) o overdrive selecionado é o Klon. Se você já conhece o tipo de sonoridade desse circuito, não terá surpresas aqui. É um timbre de overdrive que também possui uma curva de médios bem característica, com aquela “transparência” que o fez ser tão desejado e aclamado. Aqui você também a possibilidade de alternar entre as clipagens de silício e germânio. Outra maneira de utilizar o pedal é programá-lo para acionar o Katana Boost no footswitch da direita e o circuito que você desejar de drive (TS ou Klon) no footswitch da esquerda.

Você pode utilizar os overdrives juntos ou separados, inclusive alternando a ordem deles através do switch Mod. A minha preferência é por utilizar o Klon antes do TS, então basta pressionar esse switch e ver a mágica acontecer. O Vulture ainda permite que você “programe” o circuito baseado no Katana Boost para ser utilizado em conjunto com um dos overdrives. Uma vez acionado para ser utilizado dessa maneira, o pedal sempre lembrará disso e toda vez que você acionar o drive selecionado, o booster também entrará em ação! A maneira que eu mais utilizei o pedal foi invertento a ordem dos drives, colocando o Klon na frente do TS. Utilizei o Klon como drive de primeiro estágio/boost e o TS como drive de segundo estágio e quando queria uma “pimenta a mais”, utilizando os dois juntos. Em algumas situações utilizei o Katana somado ao TS, o que funcionou muito bem (o circuito do booster vem antes dos drives no pedal) mas quando fiz isso, não vi necessidade de utilizar o Klon par asomar todos os circuitos de uma vez. É possível que você faça isso, só tome cuidado para não embolar o som.

Como mencionei no início do review, o Vulture é suficiente para solucionar todas as suas necessidades de overdrive num único pedal. É óbvio que se você precisar de sons ultra pesados ou mais fuzzy, ele não vai te entregar esse tipo de som e nem é a sua proposta. Mas poucas vezes vi um pedal tão versátil e com ferramentas tão úteis na missão de ajudar o usuário a encontrar as melhores combinações e ajustes possíveis para o seu som. São 3 circuitos em um único pedal, permitindo a sua utilização de diferentes maneiras. Tudo isso e você ainda economiza em espaço no pedalboard, na fonte e em cabos. Não dá pra ficar muito melhor do que isso.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Numa primeira vista o Vulture pode parecer complexo para um overdrive pela sua quantidade de chaves e knobs. Mas na realidade é um pedal fácil de operar. Se você enxergar o pedal dividido por setores, ele fica simples de entender e basta a você definir de que maneira vai utilizá-lo, testando todas as suas combinações e possibilidades. Como são várias, vale a pena investir um tempo testando todas elas, entendendo o que o pedal pode oferecer para o seu som.

Regulagem Favorita

TS Level: 12:00h

TS Tone: 1:00h

TS Gain: 1:00h

TS Clip:

Boost Mode: Pra baixo

Boost Level: 4:00h

Boost: Off

KL Gain: 11:00h

KL Tone: 12:00h

KL Level: 1:00h

KL Clip: