High Road Fuzz
8 de agosto de 2018Review: Bad Wolf Effect Zone Pedals
10 de agosto de 2018Garimpo: THR 5 Yamaha
Garimpando latas, hummm….
Será que vale uma lata que tem varias latas dentro?
Certa noite da semana, bem chuvosa, negra de inverno europeu, algum frio, a app do Olx, e o típico scroll down tentando garimpando latas usadas. Eis que pintou um tal Yamaha THR5, 70 euros. Como assim setenta euros. Ah! Esse troço de amps de modelação digital, só pode ser treta de meia boca, hypada por um bando de guitarrista que sempre amam novidades sempre perfeitas. Sabem como é, né? Novidade nunca tem defeito, dura uns seis meses enquanto não pinta o próximo lançamento.
Bem, vamos lá. Em 15 minutos estava adquirindo a geladeira. O gajo morava em um bairro vizinho, e lá saí conduzindo meu Logan pensando obviamente em revender e ponto, fim de papo. Bem, chegando em casa o certo é que não consegui me desfazer da geladeira ainda, e já passaram umas semanas! O maior argumento é a facilidade com que vc liga o negocio e em menos de 2 min está tocando com som de guitarra de gente crescida, soa mesmo bem!
Quem diria que depois de uns 3 ou 4 anos, sem nunca ter dado a mínima para essa velha novidade, peguei um treco desses e amei! Para sons limpos, cristalinos, com corpo legal, quase dá para esquecer o som de um amp de verdade. Sons baixos, tocar de noite em casa, os vizinhos e a patroa só podem amar. Fui rápido pegar os phones para sacar como soaria. Talvez seja esse o principal ponto fraco do THR5. Era de esperar a mesma qualidade pela saída de phones mas estranhamente o som fica sempre um pouco hifi demais, por vezes soa como guitarra ligada directo na mesa de som. Estou falando do som pela saída de phones, ok?
O segundo ponto negativo, e até hj não achei forma de contornar, não consigo fazer os meus pedais de drive casarem bem com o THR. Não são essenciais, mas amaria usar um fuzz ou um drive mais diferenciado na entrada do THR, mas não tem jeito, sempre fica “marromenos”.
Por ultimo a diferença entre o modelo THR 5 e o 10 é apenas a possibilidade de poder gravar memórias, cinco, que podem ser acessadas directamente por botões no painel do “irmão mais velho”. Ou seja as geladeiras THR tem o mesmo timbre, mesmos sons, mesma qualidade e potencia, 5w + 5w em estéreo, (ou seja o modelo maior THR 10 é uma pegadinha velha que marketing, pois não são 10w + 10w, sacou?) a mesma capacidade de equalização (apenas disponível no THR 5 através do editor), e é possível usando esse editor/aplicativo para diversas configurações ocultas no painel físico, ajustes finos dos efeitos, etc. Por fim não temos possibilidade de gravar a edição extra dos efeitos, quando desligamos o amp tudo some e da próxima vez tem de se começar do zero a edição. Mas vamos com calma, os sons prontos são óptimos e agradam a qualquer um. O que está oculto basicamente é o compressor, a regulagem finas dos efeitos e a escolha do tipo de caixa de falantes, e o acesso às memórias. Grande surpresa, em especial para quem quer mobilidade, rapidez de ligações e economia de espaço em casa.
Suva Coelho