Review: Carpe Diem Fire Custom Shop

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26 de março de 2020
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1 de abril de 2020
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Review: Carpe Diem Fire Custom Shop

 

Acabamento/Construção/Embalagem

Desde o seu começo, a Fire apresentou uma proposta muito competente para o visual e acabamento de seus pedais. O Carpe Diem oferece um acabamento primoroso, com uma pintura muito bem executada e uma arte bem minimalista que me agrada bastante. O pedal é pintado na cor preta e tem no centro a logo da fire em vermelho. As inscrições do pedal são na cor bege fazendo par com os knobs da mesma cor. Tudo muito bem executado, sem falhas aparentes.

A construção também possui um excelente padrão. A placa é muito bem soldada e montada se utilizando bons componentes. Tudo feito no Brasil, para que não restem dúvidas. O pedal possui um formato bem compacto, o que facilita o seu “encaixe” nos pedalboards. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam “na frente” do pedal, assim como a entrada para a fonte de alimentação. O pedal pode ser alimentado por fonte padrão (centro negativo) de 9v/18v ou bateria.

As embalagens da Fire são um show à parte. O conceito é muito bem pensado e valoriza demais o produto. Na verdade são duas embalagens. A primeira, uma caixa de papelão branca, envernizada com a logo da empresa no topo e um adesivo indicando o modelo na lateral (onde também está estampada a logo da empresa. Ao abrirmos a caixa, somos surpreendidos com uma belísisma lata, na cor preta com o logo da empresa estampado. É realmente um trabalho muito legal. Dentro, o pedal vem bem acondicionado num “berço” de espuma e acompanhando um certificado de garantia. Senti falta de um manual e de mais alguma coisa empresa (palheta, adesivos…). Valorizaria ainda mais o produto.

 

Timbres

A proposta do Carpe Diem é soar como um amplificador valvulado, inspirado numa sonoridade britânica. Dá para caracterizá-lo como um overdrive de médio ganho, capaz de cobrir diversos estilos e vertentes de rock. A primeira coisa a destacar no pedal é o seu sitema de EQ/Ganho que funciona como se fossem dois canais onde se pode misturá-los (pense num Plexi). O “canal” de graves aciona o ganho ressaltando essas frequências, assim como o “canal” de agudos. Isso proporciona resultados bem interessantes.

O controle de presence também atua na equalização do pedal, até de maneira mais efetiva que os controles de graves e agudos que trabalham também com o ganho. Eu acho que se os controles de equalização fossem um pouco mais amplos em termos de frequência, proporcionaria ainda mais versatilidade ao pedal, mas não é nada que comprometa o resultado final. Em relação a ganho, o Carpe Diem oferece um alcance bem interessante, oferecendo timbres que vão de um classic rock até um hard rock, dependendo das configurações de knobs e da chave para seleção dos modos. É preciso ter cuidado na relação ganho/graves, já que em regulagens mais “altas” os graves ficaram mais soltos e dependendo dos captadores da sua guitarra podem dar uma embolada no som (especialmente no modo “Hot Rod“).

Os dois “canais” do Carpe Diem são bem diferentes. O Canal Classic oferece uma sonoridade ótima para Blues, Rock, Worship, Pop e estilos que não demandem uma quantidade extrema de ganho. O timbre proporciona ótimas clareza, dinâmica e articulação tanto em acordes como em “single notes“. Dá pra tocar muita coisa utilizando o modo classic, que é o meu favorito. No canal Hot Rod, já há um acréscimo considerável de ganho, sustain e compressão ao timbre. Funciona muito bem para power chords pesados, afinações mais baixas e ótimos para estilos como Hard Rock ou até um metal mais clássico. Não espere nada para sonoridades mais extremas, não é a proposta do pedal. O que é interessante é que mesmo com o aumento de ganho o pedal ainda oferece  uma boa dinâmica. É uma pena que não se pode ter um acesso mais fácil aos dois canais e seja preciso optar por apenas um (a não se que você queira ficar se abaixando para mudar a chave da posição, o que não é das coisas mais práticas a se fazer.

O booster adicional também é uma ferramenta legal, já que acrescenta ganho e compressão ao timbre. Pra mim funcionou bem demais, especialmente com o Carpe Diem no modo Classic. Configurei o pedal com baixo ganho, quase como um Crunch e acionei o footswitch Lead para um acréscimo de ganho e funcionou bem demais! O Carpe Diem é um pedal que vai ser útil em diversas situações e pode ser uma peça chave dentro de qualquer pedalboard. É um pedal que ficou meio esquecido pela enxurrada de novidades que existem no nosso mercado mas se mantém, até hoje, como um dos melhores overdrives fabricados no Brasil!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O grande desafio do Carpe Diem é entender o funcionamento dos controles Bass/Gain e Treble/Gain. Entender a relação equalização/ganho e de como eles trabalham conjuntamente é fundamental para conseguir extrair o que o pedal tem de melhor. E esses controles vão funcionar de maneira diferente para cada tipo de captador. Então pesquise bastante e procure achar os timbres que mais lhe agradam. Todo ess eprocesso de epsquisa lhe proporcionará um ótimo resultado!

 

Regulagem Favorita

Presence:

Bass/Gain:

Treble/Gain:

Master:

Switch: Classic

1 Comment

  1. Luiz Adamo disse:

    Ótimo Review Leo! Parabéns, excelente site!

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