
Soma 63
27 de fevereiro de 2019
VPJR Tuner Pedal
1 de março de 2019Review: Fathom Walrus Audio

Acabamento/Construção/Embalagem
Falar do ótimo acabamento dos pedais da Walrus Audio é praticamente chover no molhado. A Empresa demonstra uma preocupação nesse quesito desde os seus primeiros pedais e com o Fathom não poderia ser diferente. O Pedal é pintado num verde escuro com uma bela arte ilustrando o pedal e formando um ótimo conjunto. Os knobs tem um acabamento de aço escovado na parte superior, o que ajuda a ampliar a percepção de um visual sofisticado ao pedal. Todas as inscrições, tato nos controles quanto a logo do fabricante e nome do pedal, são muito bem aplicadas e nítidas.
A construção segue o mesmo padrão do acabamento. A placa é muito bem montada com ótimos componentes sendo utilizados. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na “frente” do pedal assim como a entrada para fonte de alimentação. O Fathom não possui opção de alimentação por bateria e pode ser alimentado por fonte padrão, 9v. Pode causar alguma dificuldade a proximidade dos dois footswitches. Quem tem o pé grande e/ou deixar o Fathom numa posição mais distante no pedalboard pode encontrar alguma dificuldade na hora de utilizar o sustain. Inclusive eu acharia mais interessante que esse foot ficasse no lado esquero do pedal, onde normalmente já fica o fim do pedalboard, já que eu uso quase sempre o reverb como último pedal na cadeia. Evitaria que eu pisasse em outro pedal ao utilizar o sustain (já aconteceu). Mas é um detalhe que não prejudica o desempenho do pedal.
A embalagem é das mais bonitas da Walrus. A caixa é preta com a logo do fabricante em verde e as informações sobre o pedal ficam em uma das laterais da embalagem. O pedal vem embalado num bonito saquinho de pano preto (também com a logo do fabricante) e acompanham o pedal um manual, certificado de garantia e um adesivo. Tudo muito bem feito e com muito bom gosto. Seguindo a tradição de excelência do fabricante.
Timbres
Pedais de reverb estão cada vez mais presentes nos pedalboards e nos timbres de guitarristas espalhados pelo Brasil (e mundo!). Sendo assim, a procura por esse tipo de efeito tem aumentado e os fabricantes tem procurado desenvolver e oferecer novas soluções e sonoridades para os amantes do efeito. E o Fathom entra nessa categoria. A Walrus já tinha oferecido um reverb com múltiplas funções anteriormente, o Descent , que era bem maior e com um nível de complexidade mais alto, além de oferecer sonoridades diferentes quando comparado ao seu “irmão maior”.
O Fathom apresenta 4 diferentes algorítimos de reverb. São quatro sonoridades do pedal que vão permitir que você utiliza sonoridades mais simples apenas para uma “molhada” no som ou utilize sonoridades grandiosas, capaz de “inundar” o seu timbre. O modo Hall é bem expansivo e aberto, ótimo para oferecer aquele reverb um pouco mais discreto, mas que faz diferença no conjunto final. O modo Plate já é mais cheio, com um decaimento bem suave. Já oferece aquela encorpada maior no timbre. O Lo-Fi é um reverb com filtro, que oferece sonoridades bem quentes ou uma sonoridade de rádio AM. E o modo Sonar é o shimmer do Fathom. Ele oferece as oitavas (alto e baixa) e você pode definir (através do knob X) se vai dar destaque a alguma delas.
A grande dificuldade com relação ao Fathom vai ser escolher apenas um timbre para usar. São várias possibilidades de sonoridade e todas extremamente musicais. Como meus amplificadores não tem reverb, esse efeito acaba sendo importante dentro do meu pedalboard. Para as situações em que precisei de apenas uma leve ambiência, o modo Hall funcionou bem demais. Trouxe uma profundidade ao timbre sem que deixasse a sonoridade embolar. Claro que se você optar por doses cavalares de reverb, a chance de isso ocorrer aumenta consideravelmente. Para os casos em que eu precisava de uma sonoridade mais “espacial” e “etérea” a minha escolha recaiu sobre o modo Lo-Fi. Nesse modo a combinação dos knobs X e Dampen faz toda a diferença. Consegui uma sonoridade de reverb quente, mas sem soar muito fechada, combinando os dois knobs. E ao pisar no footswitch sustain, fui automaticamente transportado para outra dimensão ao combiná-lo com um delay. Os modos Plate e Sonar são igualmente musicais (O modo Plate foi bem interessante para se utilizar em guitarras equipadas com captadores single).
O Fathom é um pedal divertidísismo e bem útil para quem gosta de reverbs. É uma pena que só seja possível utilizar uma sonoridade por vez e que para alterá-la seja preciso se abaixar e mudar os parâmetros nos knobs, qo eu convenhamos, numa é uma situação muito fácil quando se está tocando, especialmente ao vivo. Mas se você procura um pedal de reverb compacto, com ótimos sons e alguns diferenciais do usual, essa será uma ótima opção para se considerar. Mais um Home Run da Walrus.
Facilidade de Usar/Achar bons timbres
Apesar da grande quantidade de opções, você vai ver que a operação do Fathom é bastante intuitiva. São muitas possibilidades e será necessário investir um tempo para extrair o que cada modo tem de melhor e aí escolher de acordo com a sua necessidade/gosto. Teste de tudo antes de decidir a suaconfiguração ideal pois são realmente muitas opções e possibilidades.
Regulagem Favorita
Decay: 12h
Dampen: 14h
Mix: 11h
X: 12h
Program: L
Mod: Med