Review: Genesis v.2 King Pedals

Hosta Wah Filter
12 de março de 2020
Novidades da Velouria FX!
16 de março de 2020
Hosta Wah Filter
12 de março de 2020
Novidades da Velouria FX!
16 de março de 2020

Review: Genesis v.2 King Pedals

Acabamento/Construção/Embalagem

É preciso dizer que a King Pedals elevou a barra de qualidade para o mercado nacional com a chegada da  nova versão do Genesis. O Acabamento é primoroso e o visual do pedal é lindo! A cor e a arte são bem parecidas com a da primeira versão, mas a escolha dos knobs cromados deu um charme extra ao pedal. Os led’s brancos também colaboram para o lindo conjunto. Meu único senão é para as inscrições do pedal. Começando com as dos jacks, que ficam na parte de baixo do pedal. É um detalhe pequeno, eu sei, mas não foi uma vez só que, na pressa, eu conectei o pedal de maneira errada. As fontes no knobs são bem pequenas, o que dificulta um pouco a leitura. Mas são detalhes que não comprometem em quase nada o excelente acabamento do pedal.

A construção também é impecável, com uma placa bem organizada e montada, sem sobras de cola ou solda e utilizando-se de ótimos componentes! O pedal possui quatro entradas e achei um pouco confuso não ter a inscrição na parte de cima do pedal indicando o que cada uma representa. As inscrições ficam na parte de baixo do pedal, imagino que para não poluir a belíssima arte do pedal, mas na correria para montar um pedalboard, já me enganei sobre as posições dos jacks. Mais de uma vez. Os jacks na lateral são responsáveis pela entrada e saída de aúdio e os jacks na “frente” do pedal são as entradas para pedal de expressão e uma entrada “Cortex”, desenvolvida para utilização em controladores.

A embalagem do Genesis faz jus ao nível do produto! A caixa é belíssima, toda preta e com a logo do fabricante estampada em dourado na parte superior. Possui uma tampa “magnética” e na parte inferior dela uma frase e a assinatura do CEO da empresa, também na cor dourada. O pedal vem muito bem acondicionado e protegido por uma tampa de acrílico (também com a logo do fabricante). O manual é bem pequeno, apesar da quantidade de funções e opções que o pedal possui, mas é muito bem ilustrado e explicado. Ainda acompanham o pedal dois adesivos do fabricante e uma chave para fixar o pedal em certos tipos de pedalboard que possuam um tipo de furação específica. Uma aula de bom gosto!

Timbres

A nova versão do Genesis é um deleite para quem gosta de reverbs e ambiências. E a quantidade de timbres e possibilidades o torna no pedal de reverb mais completo já lançado por um fabricante nacional. São 5 tipos de reverb num único pedal, capacidade de armazenar presets, a opção de ser buffered ou true-bypass, possibilidade de controlar parâmentros via pedal de expressão… É realmente muito intrigante ver essas possibilidades num pedal nacional!

Vamos começar com o Spring, que é provavelmente o tipo de reverb mais conhecido no Genesis, e que propõe a recriação dos timbres dos reverbs clássicos dos amps valvulados da década de 60. É um reverb mais “comum” que é ótimo para se usar em bases e solos com overdrives, para acrescentar uma dose de profundidade ao seu timbre. A adição de vibrato nos controles x e y oferece uma sonoridade bem interessante, ótima para se utilizar com a guitarra limpa, trazendo outra perspectiva para o efeito. Se for usar com saturação, manere na profundidade do efeito para que o timbre não fique embolado. O modo Cathedral proporciona aquele reverb cheio, capaz de preencher e ressoar por todo canto. E com a possibilidade da adição de um chorus ao efeito, se torna um modo ainda mais interessante e bem funcional para quem curte ambiências e/ou utiliza muito o timbre “limpo” do instrumento.

O Luna é o mais “espacial” dos modos. Oferece um reverb enorme, com um belíssimo decaimento, que funciona bem demais para swell, dentre outras funções. Junto com o compressor foi responsável por timbres quase intermináveis, o que funciona bem demais para ambiências. Preferi deixar os controles X e Y zerados nesse modo, já que não sou tão fã de phaser. Mas quem curte, vai poder aproveitar bastante! O modo Sunshine oferece o famoso shimmer, tão na moda nos dias de hoje. Aqui o controle y é o responsável pela quantidade de oitavas e entrega tudo o que um bom shimmer tem que ter. O grande diferencial aqui são as quintas que você pode acrescentar utilizando o knob X. E com a adição dessas quintas o jogo muda completamente, tornando o shimmer do Genesis muito mais complexo e único. Dá pra se perder nas possibilidades aqui! E o último modo é o Steel, que  foi provavelmente o meu favorito. Se trata de um plate reverb com a possibilidade de acréscimo de tremolo. O timbre funciona muito bem somando os dois efeitos, tanto em diferentes velocidades do tremolo como na quantidade de reverb utilizada. Só gostaria que o ataque do tremolo fosse um pouco mais rápido, mas nada que prejudique o resultado final.

Se você gosta de ambiências e especialmente de reverbs, precisa conhecer o Genesis. A quantidade de possibilidades e sons que ele pode oferecer é surreal, e tudo num pacote bem compacto, que não vai ocupar muito espaço no seu pedalboard. É um pedal que eleva o patamar da indústria nacional e reafirma que a King Pedals é uma das empresas mais promissoras do país. O Genesis é um pedal que vai valer cada centavo do seu investimento e te deixar pronto para as mais profundas viagens sonoras.

 

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Há um paradoxo aqui. Apesar da quantidade de controles, o Genesis não é um pedal muito difícil de se usar. Os controles são intuitivos e relativamente fáceis de se entender, Mas… Para se extrair o melhor que o Genesis pode oferecer, é necessário investir tempo estudando o pedal e entendendo o que cada controle pode acrescentar ao seu som. Sendo assim, a curva de aprendizado pode se tornar um pouco longa, mas os resultados serão excelentes.

 

Regulagem Favorita

Mix: 12:00h

Filter: 13:00h

Decay: 13:00h

X:  13:00h

Y: 12:00h

Modo: Steel

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *