Review: Michelangelo Overdrive Plus Dophix

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Review: Michelangelo Overdrive Plus Dophix

Acabamento/Construção/Embalagem

Esse é o terceiro pedal da Dophix que analisamos e eu gosto cada vez mais desse acabamento com a caixa “crua” do fabricante. Toda a arte e inscrições são gravadas diretamente na caixa o que confere um visual muito particular aos pedais da marca. No caso do Michelangelo isso fica ainda mais nítido por se tratar de um pedal maior. Todas as inscrições são de fácil leitura e identificação. O fabricante também tem um padrão próprio para os seus knobs, que tem um tamanho e um visual bem particulares. Outro detalhe que acrescenta bastante ao visual do pedal é que, além dos leds posicionados acima dos footswitches para indicar qual está acionado, o pedal tem um led azul que percorre toda a caixa assim que a fonte é conectada.

O padrão de construção do Michelangelo é impecável. A placa é muito bem montada e soldada sem excessos ou sobras de nenhum tipo e utilizando componentes de boa qualidade. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam nas laterais do pedal. A entrada para a fonte de alimentação fica na frente do pedal e o Michelangelo deve ser alimentado por fonte padrão (centro negativo) 9v ou bateria.

A embalagem do fabricante é simples mas bem bonita. A caixa é na cor preta, envernizada com a logo do fabricante, informações sobre redes sociais do mesmo e uma pequena identificação sobre o modelo.O pedal vem muito bem protegido, já que as paredes da embalagem na parte interna são cobertas com uma espuma de boa densidade, formando um “berço” para o pedal. Acompanham o pedal, palheta e adesivo, mas senti falta de um manual, já que estamos tratando de um pedal bem complexo e repleto de opções. Serve para situar o músico sobre o que ele pode esperar do pedal e outras informações que podem ser úteis à mão.

Timbres

Pela quantidade de controles você já pode imaginar que o Michelangelo seria capaz de entregar diversos timbres. E é exatamente isso que ele faz. Os diversos knobs e chaves entregam tantas ótimas opções de sonoridades que fica difícil escolher apenas uma. Se trata de um circuito baseado em transistores JFET, que buscam recriar a dinâmica e os sons de um amplificador valvulado e bastante definição. Dá para utilizá-lo em diferentes funções dentro do pedalboard dependendo da configurações dos controles e da necessidade de cada músico.

O Michelangelo oferece umas opções bem interessantes que o tornam extremamente versátil. A primeira que eu destacaria é o switch de três posições responsável pela clipagem do pedal. Você pode selecionar entre Silício, Germânio e JFET. Esses três modos vão ajudar a definir a característica da saturação e influenciar na quantidade de ganho do pedal. No modo GE, o timbre tem menos volume, é um pouco mais fechado e oferece uma saturação doce e musical. Ao alterarmos para posição JFET, já uma acréscimo de volume e o timbre passa a ficar mais aberto e sem tanta compressão. O modo SI é o que oferece mais ganho e compressão dos três e funciona muito bem para situções em que seja necessário um pouco mais de “maldade”. Utilizei os três modos em diferentes situações e guitarras e o resultado foi sempre muito interessante e musical.

Apesar de possuir apenas dois controles, a seção de equalização do Michelangelo é bem eficiente. Você pode acrescentar ou cortar as frequências graves e agudas, oferecendo uma variedade interessante de possibilidades. Não senti falta de um controle específico para os médios, mas creio que se houvesse um, ajudaria a ampliar ainda mais essas possibilidades. Poderia inclusive, ficar no lugar do controle de Blend, que pra mim não fez muito sentido nesse pedal (apesar de também ser um recurso interessante). Outro destaque do pedal pra mim é o controle “Pré” poder ser acionado ou não e ser localizado antes do drive. E além de acioná-lo você pode definir o quanto de ganho vai estar acrescentando ao drive e influenciar o ataque do pedal. Dependendo da posição do knob Pre, ele vai trazer bastante ganho final ao Michelangelo.

Não é que o Michelangelo possa cumprir todas as funções de saturação dentro de um pedalboard. Mas a realidade não está muito longe dessa. Utilizei-o tanto como drive de primeiro estágio como de segundo estágio com ótimos resultados. Se você tentar utilizar o Michelangelo como distorção também vai conseguir. Basta configurar uma boa quantidade de ganho com o pré acionado empurrando ainda mais o circuito. Não foi das minhas utilizações favoritas, mas funciona muito bem. O Michelango é um belíssimo overdrive, com ótimos recursos e uma versatilidade muito bem vinda. É o tipo de ferramenta que vale a pena ter no seu pedalboard!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

A primeira olhada para o Michelangelo assusta. A quantidade de chaves e knobs assusta para um overdrive. E apesar de não haver nada de muito diferente em termos de opções, eu recomendo que você toque bastante com o pedal para entender todas as nuances e possibilidades que ele é capaz de oferecer. A interação entre os controles é enorme e compreender o funcionamento de cada controle é essencial para um bom resultado final.  E no final da exploração de todos os controles você será capaz de extrair ótimos timbres dele. Não é dos pedais mais simples de se operar, mas o esforço vai valer a pena.

Regulagem Favorita

Boost: 10:00h

Gain: 3:00h

Pre: 11:00h

Level: 11:00h

B: 11:00

Blend: 5:00h

H: 2:00h

Pre: On

Clip: Fet

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