Review: Monterey Keeley Electronics

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Review: Monterey Keeley Electronics

Acabamento/Construção/Embalagem

O Monterey é um dos pedais com o acabamento mais diferenciado da Keeley Electronics. Fazendo clara menção à lenda Jimi Hendrix, o pedal tem uma arte inspirada na Fender Monterey. É pintado numa cor azul com o acabamento um pouco martelado e uma pequena parte da arte floral que também está presente no instrumento. O acabamento é primoroso e de cara já passa toda a mensagem sobre o que o pedal se trata ou do que se pode esperar do mesmo. O quão legal é isso!??

O padrão de construção do fabricante é ótimo, com uma placa muito bem montada e organizada, utilizando bons componentes. Creio que no nível que a Keeley se encontra hoje, não dava para esperar nada muito diferente. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como um jack para a utilização de pedal de expressão e um outro interessante controle que permite a inversão dos efeitos, permitindo que você escolha a ordem deles.  A entrada para fonte de alimentação também fica localizada na frente do pedal e o mesmo deve ser alimentaod por fonte padrão (9v, centro negativo) e ele consome 100mA. O ideal é que você utilize uma fonte com saídas isoladas com capacidade ideal para uma maior segurança do mesmo.

As embalagens da Keeley são padronizadas com a impressão da logo da empresa em todas as laterias da caixa e um adesivo para cada modelo em específico no topo da mesma. Dentro, o pedal vem bem embalado num saco plástico acompanhado de um pequeno manual (simples, mas capaz de esclarecer qualquer dúvida sobre o pedal) e um adesivo.

Timbres

A minha expectativa para testar pessoalmente o Monterey estava muito alta. E isso nunca é muito bom para quem quer fazer uma análise isenta. Já tinha assistido a alguns vídeos da Keeley sobre o pedal e adorado a proposta. Dito isto e entendendo que talvez as minhas expectativas pudessem mascarar a minha avaliação, eu levei mais tempo testando e entendendo tudo o que esse pedal pode oferecer. É um pedal com muitas possibilidades e combinações, o que faz dele uma ótima opção para quem procurar por timbres clássicos da década de 60.

Para quem não sabe, o Monterey oferece “de um lado” um Fuzz (com características de Fuzz Face) e do “outro lado”  três diferentes modulações: Univibe, Rotary e Harmonic Wah. Você só será capaz de usar uma modulação por vez e elas são selecionadas por um pequeno switch no centro do pedal. Você pode utilizar só o fuzz ou só a modulação caso deseje. Um recurso muito legal no pedal é um switch posicionado na frente do pedal. Nele você define se as modulações vão ser utilizadas antes ou depois do fuzz. Então se você preferir pode colocar o U-vibe antes do fuzz, por exemplo. pode fazê-lo sem dificuldades. O Fuzz entrega um som gordo e que limpa relativamente bem com o volume da guitarra, o que transforma o som da saturação num overdrive bem diferente e interessante. Para o Fuzz são apenas dois controles: Volume e Fuzz.

Para as modulações o pedal oferece quatro controles: Level, Octave, Depht e Rate. Eles são compartilhados por todos os efeitos. O controle Octave para o Harmonic Wah e Vibe pode funcionar como um octave up, octave down ou trabalhar sem oitavas. Na posição Rotary o controle octave controla o volume dos sons da buzina ou do tweeter. O U-vibe do Monterey não é baseado em fotocélulas, mas consegue entregar alguns timbres convincentes e funcionou bem junto com o fuzz. A surpresa para mim ficou por conta do Rotary, que é um efeito difícil de simular e mesmo não soando tão bem quanto outros pedais só com esse efeito, entregou ótimos sons, tanto sendo utiulizado em conjunto com o fuzz ou sozinho. O Harmonic Wah foi o que eu menos gostei, mas mesmo assim é possível utilizá-lo fazendo a função de um evelope filter e com a possibilidade da utilização de pedal de expressão, o efeito ganha outra perspectiva. E ainda dá trabalhar com o pedal com octave up ou down!

Eu já passei da fase da idolatria por esse pedal para a fase de achá-lo superestimado (é só ver o vídeo abaixo) e hoje estou na fase de entender que se trata de um ótimo pedal, com ótimos timbres e uma variedade impressionante de sons. Se você entender a proposta do Monterey e for com a expectativa correta, ele certamente vai te surpreeender e pode virar uma peça central dentro do teu setup, especialmente se você curte esses sons mais sessentistas. Mas apesar desse foco, é possível explorar o Monterey para sonoridades mais modernas. No fial, se trata de um pedal muito divertido que vai te inspirar a criar novos sons e dar uma voltinha numa máquina do tempo.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Apesar de ser um pedal simples de operar, o Monterey tem muitas nuances e interação entre os efeitos. É preciso entender bem o alance de cada controle e o que ele oferece para cada um dos efeitos de modulação. O controle de octave, por exemplo, pode transformar os sons do Harmonic Wah e do U-Vibe em sons bem diferentes. O Fuzz é tranquilo de “domar” mas eu recomendo que você invista tempo nas modulações e na interação delas e dos seus controles com o fuzz. Você pode extrair resultados bem interessantes.

Regulagem Favorita

Fuzz

Level: 1:00h

Fuzz: 5:00h

Mod

Level: 2:00h

Octave: 12:00h

Depht: 1:00h

Rate: 12:30h

Switch: Vibe

 

2 Comments

  1. Luiz A. disse:

    Show, ótimo review

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