
Talisman Ghost
25 de março de 2025
Kilobyte-2000 Lo-Fi Tap Delay
27 de março de 2025Review: Royalbreaker Krozz Devices

Acabamento/Construção/Embalagem
O Royalbreaker segue a linha de (ótimos) últimos lançamentos da Krozz Devices com uma identidade que vem sendo desenvolvida pelo fabricante, apesar de visuais diferentes para cada modelo. O pedal conta com uma arte bem bonita que ocupa todo a face do pedal (a tal da “identidade” nos pedais da empresa) nas cores preta e dourada, sob um cinza escuro do pedal. Os knobs são pretos com uma faixa também dourada, o que facilita e muito a visualização da posição dos controles. As inscrições não são das mais fáceis de se ler a distância (mesmo com o cuidado na arte para que isso seja facilitado), mas não chega a ser um problema. Ainda existem inscrições em uma das laterais (logo e nome do modelo) e na parte de baixo do pedal, com algumas especificações técnicas do modelo (o que é uma ótima idéia). Qual o pedal mais bonito da Krozz? Eu não consigo escolher.
O padrão de construção da Krozz também vem melhorando no decorrer dos anos e atingiu um padrão muito sólido. A placa é bem montada e oraganizada, se utilizando de bons componentes. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como a entrada para fonte de alimentação. O Royalbreaker pode ser alimentado com 9-18V (centro negativo) e não possui opção de alimentação por bateria.
As embalagens da Krozz acompanharam a evolução dos produtos da empresa, com uma apresentação muito profissional. A caixa, na cor preta possui a logo do fabricante com uma reserva de verniz na parte superios. Nas laterais a logo da empresa estão em destaque na cor branca. Dentro da caixa o pedal bem muito bem embalado e acompanham uma palheta com a logo do fabricante e um manual que dá gosto de ver, com uma ótima diagramação e com informações relevantes e concisas sobre o funcionamento do pedal.
Timbres
O Royalbreaker é um pedal de distorção que carrega o DNA de um pedal clássico na sua idealização e composição, mas que leva o circuito além do ordinário com recursos bem interessantes, oferecendo uma versatilidade que não é tão simples de se achar em outros pedais de distorção disponíveis no mercado. Devido aos controles que possui, ele pode se aproximar de uma sonoridade mais clássica, meio “fuzzy” ou partir para uma sonoridade mais “Marshall” em algumas configurações. É um prato cheio para quem está em busca de um pedal que possa oferecer um timbre poderoso, com muita qualidade e que possa abranger uma boa variedade de sons e estilos.
A quantidade de sons que é possível extrair do Royalbreaker faz com que ele seja um dos pedais de distorção mais versáteis que eu tive a oportunidade de testar em muito tempo. É possível ajustá-lo para diferentes necessidades e equipamentos, graças a amplitude dos seus recursos. Começando pelos controles de equalização, que utiliza um tonestack baxandall ativo de duas bandas, oferecendo controle sobre as frequências graves e agudas. Esses controles atuam em uma amplo espectro de frequências, inclusive nas frequências médias, podendo ate gerar um booster dessas frequências ou a possibilidade do guitarrista escavá-las para uma sonoridade que flerta com um som pesado mais “old-school”. Esses controles são essenciais para ajustar o pedal de maneira eficiente a diferentes guitarras e amplificadores. Eles tem uma variação muito interessante, que facilitam a cobertura de muitos cenários.
O controle rising (pelo menos na minha opinião) é o coração do Royalbreaker. Nele é possível selecionar e/ou misturar os dois tipos de clipagem presentes no pedal. Foi uma ótima sacada, pois isso abre um leque super interessante de possibilidades sonoras para o guitarrista. Girando o knob no sentido horário você vai trabalhar com uma clipagem LED, que entrega uma sonoridade menos comprimida e no sentido anti-horário o pedal vai trabalhar com uma clipagem com diodos de silício, entregando um timbre mais comprimido e com mais ganho. Além disso o pedal ainda conta com a chave voice, que atua nas frequências graves e oferece duas possibilidades: para cima obtêm-se um som mais cheio, com graves encorpados e distorção mais aberta, possibilitando timbres mais “fuzzy” em configurações de alto ganho (Oi RAT!). Para baixo os graves são mais secos, com mais punch. Dá pra se falar numa sonoridade mais “Marshall-Like“. Dá pra brincar um monte com esse controle! Encontrar a mistura ideal entre as clipagens ou optar por ir “full” em uma das duas é uma ótima dúvida para se ter!
Fazia tempo que eu não ficava tão entretido com um pedal de distorção. O Royalbreaker oferece tantos timbres interessantes que é difícil escolher apenas um. Você vai poder ajustá-lo facilemte a diferentes tipos de guitarra e amplificador, cobrindo uma vasta gama de sons. Se você quiser soar mais “fuzzy”, é possível. Se quiser ajustar o pedal para timbres mais tradicionais e pesados, também vai conseguir. Esse é o tipo de pedal que pode ser útil em diversos pedalboards e contextos. Se você está na procura por um ótimo pedal de distorção para tocar sons pesados, sem abrir mão de uma boa versatilidade e com uma ótima variedade de timbres, não poderia recomendar mais o Royalbreaker! Mais um golaço da Krozz.
Facilidade de Usar/Achar bons timbres
Você pode explorar o Royalbreaker por algum tempo e ainda assim corre o risco de encontrar novos sons ao ir se habituando aos seus controles e possibilidades. É um pedal que pode (e deve!) ser utilizado em diferentes contextos com excelência e facilmente se adequar a diferentes setups. E tudo isso com uma operação simples e direta. O ideal é que você invista termpo rodando os knobs e entendendo o que cada controle pode fazer pelo seu som e como eles interagem entre si. Dessa maneira você vai conseguir extrair o que o pedal pode entregar de melhor. E ele pode entregar ótimos (e variados) timbres!
Regulagem Favorita
Volume: 01:00h
Rising: 09:00h
Gain: 01:00h
Bass: 12:30h
Treble: 01:30h
Voice Switch: Para baixo