Acabamento/Construção/Embalagem

A Ananashead Effects é um fabricante de pedais baseado na Catalunha. Esse é o segundo modelo que avaliamos da empresa e o padrão de qualidade e simplicidade se mantém em ambos. O Spirt Fuzz é pintado na cor vermelha com sua arte e inscrições na cor branca. Como mencionei anteriormente, é um acabamento bem simples, mas que funciona bem e que “conversa” com os outros modelos do fabricante. No caso desse modelo em específico, pela combinação das cores pode parecer que se trata de um pedal baseado no Fuzz Face, mas não é o caso.

A montagem do pedal é muito bem feita, com uma (pequena) placa bem montada se tulizando de bons componentes. O pedal, de maneira geral é bem compacto. Não chega a ser um pedal “mini” mas é um pouco menor do que um pedal da Boss. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam nas laterais do pedal. A entrada para fonte de alimentação fica localizada logo abaixo do jack de saída de áudio, o que particularmente não me agrada muito. O Spirit Fuzz deve ser alimentado com fonte padrão (9v, centro negativo) e não possui a opção de alimentação por bateria.

A embalagem utilizada pelo fabricante é bem simples. Uma caixa de papelão pardo com o adesivo do fabricante na parte superior. Dentro, o pedal vem embalado num saquinho de tecido e é só. Por mais simples que o pedal seja, eu sempre acho importante um manual para situar o consumidor sobre o modelo que ele está adquirindo e sua proposta.

Timbres

O Spirit Fuzz é uma mistura das duas primeiras versões californianas do fuzz plug-in usado por Randy California, do Spirit, Big Brother & The Holding Company, ZZ TOP, dentre outros. O circuito em questão é o Jordan Bosstone, pouco conhecido pelas bandas de cá mas que foi uma ferramenta muito utilizada por guitarristas nas décadas de 60 e 70. Se você gosta das sonoridades de fuzz, é um circuito bem interessante que vale a pena conhecer.

O Spirt Fuzz foi projetado para oferecer menos ruído do que as unidades originais e um timbre mais encorpado. É um fuzz que entrega um timbre bem cortante, mas sem soar irritantemente estridente. Você encontra algumas variações interessantes no controle Attack, mas a minha preferência foi por utilizá-lo sempre na configuração máxima e transferir o controle da dinâmica do som para o volume do instrumento. Dessa maneira você vai conseguir “domar”o fuzz quando necessário e ainda ter um timbre poderoso ao “girar de um knob”no volume da sua guitarra (especialmente se essa guitarra for equipada com captadores single).

Eu tive a oportunidade de testar o Spirit Fuzz em diferentes guitarras com diferentes captadores e o resultado foi muito legal em todos os instrumentos. Ele se adapta muito bem a cada situação,  “abraçando” as caracteristicas dos captadores e entregando ótimos sons. Você também pode explorar os controles de tonalidade do seu instrumento para conseguir extrair mais possibilidades, ampliando o alcance do pedal.. Quem diria que um pedal de fuzz pode fazer você conhecer melhor o seu instrumento?

Combinar os sons do pedal com os controles do instrumento é a saída para tornar o Spirit Fuzz mais versátil. Mas não é como se ele precisasse desse recursos para soar bem. Ele entrega ótimas sonoridades de fuzz, soando diferente de outros circuitos mais populares o que por si só é uma grande vantagem. Se você gosta de fuzz e está pronto para experimentar texturas diferentes sem maiores complicações, vai encontrar no Spirit Fuzz uma ótima opção!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O Spirit Fuzz vai te entregar ótimos timbres de fuzz assim que você ligá-lo. Os controles são simples e eu recomendo que você explore os controles do seu instrumento para ampliar ainda mais as possibilidades de utilização do pedal.

Regulagem Favorita

Volume: 05:00h

Attack: 05:00h