Review: Voyager MK II Preamp/Overdrive Walrus Audio

Oaxa
28 de outubro de 2025
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28 de outubro de 2025

Review: Voyager MK II Preamp/Overdrive Walrus Audio

Acabamento/Construção/Embalagem

O Voyager foi o primeiro pedal lançado pela Walrus Audio a quase 15 anos atrás e seu acabamento foi peça importante na construção da identidade do fabricante. Na versão mkII nada mais justo do que homenagear esse visual tão marcante. A cor verde clara torna o pedal inconfundível em qualquer pedalboard e a arte com o icônico satélite completa o visual do pedal. Toda a arte e inscrições do pedal são na cor preta, o que oferece um ótimo contraste, facilitando a visualização dos controles. Os knobs de alumínio na cor preta completam o (ótimo) visual do pedal.

O Voyager mkII mantém o ótimo padrão de construção do fabricante, com uma placa muito nem montada e construída. Nessa nova versão o pedal recebeu três knobs e um footswitch a mais que na versão anterior sem alterar significantemente o seu tamanho. Isso torna as operações um pouco mais apertadas, especialmente se tratando dos footswitches. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam localizados na frente do pedal, assim como a entrada para a fonte de alimentação. O pedal deve ser alimentado por fonte padrão (centro negativo, 9v) e não possui a opção de alimentação por bateria. Ele requer o mínimo de 100mA para operação.

A embalagem segue o excelente padrão da Walrus, padronizadas na cor preta com a logo do fabricante em dourado na parte superior. Na lateral da caixa consta um adesivo com a arte do pedal para facilitar a identificação do modelo que está na caixa (Já que as embalagens são iguais para todos os produtos). Dentro da caixa o pedal vem acomodado em um saquinho de pano com a logo do fabricante. Acompanham ainda o pedal: Palheta, adesivo e um manual simples, mas suficientemente informativo sobre o pedal e todos os seus controles e funções. É um manual bem resumido mas que auxilia bastante o músico na hora de aprender como utilizar melhor o seu equipamento.

Timbres

Para quem ainda não sabe (a essa altura eu acho difícil) o Voyager original foi inspirado no clássico Klon. O Voyager mkII segue a mesma proposta do original mas ampliando ainda mais as possibilidades do pedal adicionando novos (e bem vindos) recursos. Foram adicionados  ao pedal cinco diferentes clipagens que podem ser escolhidas através de um dos knobs do pedal e um equalizador paramétrico de frequência média acionado por um segundo footswitch com uma faixa de aumento/diminuição de +/-12dB. O knob Freq controla a frequência central onde o controle Mid está ajustado, proporcionando uma faixa de 250 Hz a 2 kHz. É um ótimo recurso para ajustar o pedal a diferentes combinações de guitarras/captadores.

O Voyager mkII é um pedal que vai agradar em cheio quem gosta de overdrives versáteis. Ele consegue elevar esse DNA do Klon a outro patamar, entregando sonoridades com bastante drive, podendo ser utilizado facilmente também na função de segundo estágio em um pedalboard. Os cinco diferentes modos (com diferentes clipagens) oferecem ótimas possibilidades de exploração do pedal. O primeiro modo oferece os clássicos timbres com o diodo de germânio 1N34A. É o som do Voyager original, que ´eo som mais próximo do Klon. Na posição dois o pedal oferece a mesma sonoridade mas com uma muito bem vinda adição nos graves (gostei muito!). Na posição 3 o pedal agora vai trabalhar com diodos de silício numa clipagem simétrica, oferecendo um timbre mais aberto e dinâmico (gostei muito desse modo quando utilizei guitarras com humbuckers). No modo 4 a clipagem é assimétrica e oferece uma sonoridade menos comprimida e mais agressiva. E no modo 5, também uma clipagem assimètrica só que oferecendo mais graves do que no modo quatro. Só com esses modos já dá pra ter uma variedade enorme de sons!

Mas o Voyager mkII não para por aí! O equalizador paramétrico para o controle dos médios ajuda a ampliar ainda mais as possibilidades do pedal. A possibilidade de alternância entre músicas ou dentro de uma mesma música para um solo ou passagem específica é muito legal. Você pode ajustar a quantidade e as frequências dos médios que serão acrescentados e tudo soa muito musical. E esse é um recurso muito útil para quem trabalha com guitarras diferentes. Na minha Fender Strato American Traditional eu optei por cortar um pouco dos médio-agudos para não deixar o timbre muito ardido. Já com a Latone TLK HH eu fiz o oposto para destacar algumas frequências mais altas e funcionou muito bem. Também testei o pedal com uma Reali RR-1 Jr e o resultado foi muito bom. Com ela optei por carregar nas frequências médio-graves (reduzindo o ganho) e obitive uma sonoridade que flertava com uma sonoridade “cocked wah”.

Apesar de ter o circuito do Klon no seu DNA, o Voyager mkII vai muito além, oferecendo muito mais versatilidade e adaptabilidade a diferentes setups. Com as cinco diferentes clipagens oferecidas pelo pedal é possível alcançar uma diversidade muito legal de sonoridades o que facilita muito a opção de tê-lo sempre no pedalboard. Seja utilizando-o na função mais comum de drive de primeiro estágio (ou booster) ou optando pela utilização com mais ganho, ele cumpre seu papel com maestria, entregando ótimos resultados. É um overdrive que pode se tornar um verdadeiro “faz-tudo” dentro do seu pedalboard, útil em todas as situações! Quem não precisa de um overdrive assim?

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O Voyager mkII não é um pedal difícil de operar. Rapidamente você vai entender o seu funcionamento. Mas ele oferece tantas possibilidades e tantos ótimos timbres que é preciso investir um tempo para descobrir tudo o que esse pedal pode fazer pelo seu som. Teste o pedal sem pressa e explorando todas as possibilidades possíveis. Eu tenhop certeza que essa pesquisa e esse tempo investido vão valer muito a pena para que você consiga um ótimo timbre!

 

Regulagem Favorita

Vol: 01:00h

Tone: 01:00h

Gain: 11:30h

Mid: 10:00h

Freq:  01:00h

Mode: 2

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