Primeiras Impressões: Tzar Tank Krozz Devices
7 de abril de 2021RD Compact Hot Rod
12 de abril de 2021Review: Dark Star Old Blood Noise Endeavors
Acabamento/Construção/Embalagem
Acho muito interessante a identidade que a Old Blood Noise dá aos seus produtos. Quase sempre se trata de uma arte bem chamativa e por vezes bastante abstrata. O visual do Dark Star se enquadra nesses quesitos. O pedal é todo pintado na cor preta, com um acabamento fosco, ótimo para destacar a arte em azul. Os knobs na cor creme completam o ótimo conjunto!(Para mim, mais bonitos que os atuais utilizados pelo fabricante). As inscrições dos knobs são bem visíveis e fáceis de identificar. Só não dá para dizer o mesmo das inscrições do switch central, que representam os “modos”do pedal. Elas ficam perdidas no meio da arte, mas como são só três, não é nada que vá prejudicar a utilização do pedal.
A construção interna é ótima. A placa é muito bem montada e organizada com bons componentes. Existe uma pequena chave em que você determina qual parâmetro vai ser controlado pelo pedal de expressão: O Reverb ou o CTRL 1. Os jacks de entrada e sáida de áudio ficam nas laterais do pedal. A entrada para o pedal de expressão fica um pouco acima do jack para a entrada de áudio. Pode ficar um pouco apertado caso você opte por utilizar cabos tipo “L”. A entrada para fonte de alimentação fica “na frente” do pedal e o pedal deve ser alimentado por fonte padrão (centro negativo, 9v.). O Dark Star ainda possui dois footswitches sendo um para acionamento do pedal (true bypass) e outro com uma função hold, capaz de prolongar as sonoridades do pedal enquanto estiver pressionado.
A embalagem é uma aula de como um bom produto deve ser apresentado. Começa com a caixa de papelão branca, mas lindamente personalizada com a mesma arte do pedal. Nas laterais é possível visualizar a logo do fabricante e um código de barras referente ao produto (no lado oposto). Dentro, o pedal vem embalado num saco de pano, acompanhado de adesivo, palheta, broche todos com a logomarca do fabricante estampada. O manual é um show a parte. Num dos versos ele possui a arte do pedal em um tamanho grande e no outro todas as explicações que você vai precisar para operar bem o pedal. Um dos manuais mais legais que eu já peguei em mãos.
Timbres
Não dá para caracterizar o Dark Star como um reverb comum. Até porque você não encontrar nele sonoridades mais comuns do efeito como hall ou spring. Eu classificaria ele como uma máquina de ambiências, com reverbs longos e texturas diferentes (e por vezes estranhas). Não é um pedal dado a sutilezas. Quase tudo aqui soa bem grande. São três modos que vão expandir a capacidade de efeitos, criando novas texturas e formas de utilização. Pelo menos comigo foi assim.
No modo Pitch, você tem a possibilidade de controlar duas vozes independentes de oitava através dos knobs CTRL1 e CTRL2. Você será capaz de utilizar qualquer combinação que queira: Uma oitava baixa e uma alta, duas oitavas baixas, duas oitavas altas e explorar intervalos bem fora do convencional que criarão sonoridades bem estranhas. Para quem gosta de Shimmers, encontrei muito mais profundidade no Dark Star para criar esse tipo de sonoridade. Achei os timbres que produzi nele muito mais densos e interessantes do que em várias outras unidades que testei. Ainda criei umas texturas de Cello que soaram incríveis para algumas passagens mais “densas”. Ainda vale destacar que nessa combinação de oitavas podem surgir umas modulações bem interessantes. É o modo mais divertido do pedal! Por outro lado, o modo Crush é o mais esquisito em termos sonoros do pedal (mas não menos interessante). Nesse modo o CTRL1 controla uma oitava +/- e o CTRL2 o Bit Crush, que vai produzir um tipo de degradação no sinal, produzindo uma sonoridade meio robótico-futurista. É o modo mais dífícil de ser explorado e utilizado, pois produz umas sonoridades bem esquisitas e fora do comum. Mas se você explorá-lo com cuidado, vai encontrar alguns timbres pra lá de interessantes que podem fazer uma diferença bem legal na sua música e timbre.
No modo delays os knobs CTRL1 E CTRL2 assumem as funções de tempo e feedback do delay. Mas não espere encontrar uma sonoridade de delay tradicional aqui. Ele apenas vai afetar o sinal com efeito, atuando apenas no reverb e não no sinal limpo. Ele pode criar (dependendo da configuração) uma bonita auto-oscilação, que misturada ao reverb provoca uma sonoridade muito interessante, com a capacidade de soar por bastante tempo. Dá para fazer um paralelo como se esse modo fosse similar a um reverb do tipo “cathedral”. Outro recurso interessante é o footswitch “hold˜, que pode prolongar a sonoridade do pedal por um tempo bem grande, criando texturas e ambiências grandiosas e quase “cinematográficas”.
O Dark Star foi um pedal que eu demorei a entender. Tentei utilizá-lo como reverb tradicional e como ele não funcionou nessa função, deixei-o parado por um tempo. Quando realmente me aprofundei no pedal e descobri tudo o que ele pode fazer, ficou difícil desligá-lo. Não é um pedal que se dá para usar o tempo todo (pelo menos para o som que eu faço) mas ele pode ser tão marcante quando acionado, que a espera vale a pena. Se você quer ter um pedal no seu pedalboard capaz de entregar uma sonoridade inesperada, estranha e/ou grandiosa, esse reverb é uma opção incrível. Uma pena que num pedal como esses não se tenha a opção de salvar presets. Com tantos timbres incríveis, é até cruel escolher apenas um. Pedalzaço!
Facilidade de Usar/Achar bons timbres
O Dark Star é um pedal fácil de operar, já que são poucos controles. Mas para extrair o que o pedal tem de melhor, é preciso explorá-lo com profundidade para entender a função de cada controle e como eles interagem entre si. São muitas possibilidades em cada um dos modos. É uma viagem sonora incrível, que exige tempo e paciência, mas o resultado final certamente vai recompensar aqueles que se arriscarem!
Regulagem Favorita
CTRL1: 11:00h
CTRL2: 1:00h
Mix: 3:00h
Reverb: 09:00h
Mode: Delay
1 Comment
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