
Heatseeker
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16 de janeiro de 2025Review: Kryptone v.3 Deep Trip Pedals

Acabamento/Construção/Embalagem
O acabamento da nova versão do Kryptone é bem similar a sua versão anterior. No Kryptone v.3 houve a escolha por todos os knobs na cor creme (na versão anterior os knobs de highs e lows eram na cor preta) e por detalhes dourados na arte, que são bem discretos mas ajudam na diferenciação do modelo. Há também uma leve alteração na tom do verde no pedal, que na nova versão é um pouco mais escuro que na anterior. A arte permanece a mesma. Vale destacar ainda o posicionamento dos led’s nos pedais da empresa que são sempre um detalhe muito legal. Na minha opinião, continua sendo o pedal mais bonito da Deep Trip.
A construção segue o ótimo padrão que tornou a Deep Trip uma das referências do mercado nacional. A placa é muito bem montada e organizada. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam na frente para alimentação. O Kryptone v.3 pode ser alimentaod por fonte padrão (Centro negativo, 9v) ou bateria. Vale salientar também que é um fuzz que se dá bem com buffers, então poderia ser utilizado em qualquer lugar da cadeia de sinal, sem se preocupar com alguma incompatibilidade dele com outros pedais, como Wah’s por exemplo.
A embalagem já tem a “cara” da marca. Ela possui identificação do modelo e fabricante por todos os lados. Acompanham o pedal, Guia de Viagem (manual) que é muito bem escrito, esclarecendo características do pedal. Ainda acompanham o pedal adesivo, palheta e bóton. É o produto pensado em todos os detalhes!
Timbres
O Kryprone v.3 tem no seu DNA o clássico Vox Tonebender fabricado na Itália na década de 60. Com isso você já pode deduzir que ele foi feito inspirado nas sonoridades de bandas e artistas britânicos das décadas de 60 e 70, claro que trazendo esse circuito para o século 21, que sempre é uma característica da Deep Trip. Essa “modernização” do circuito torna o pedal mais versátil e fácil de se adequar a diferentes necessidades e setups. Eu sou usuário do Kryptone desde a primeira versão e é muito interessante acompanhar essa evolução e maturidade do pedal. O Vox Tonebender em termos sonoros é parecido com o Fuzz Face, só que oferecendo mais brilho e graves mais secos.
A nova versão traz um fuzz mais amplo e harmonicamente mais completo (e complexo!). O alcance dos controles foi expandido, ampliando as possibilidades sonoras do pedal. De maneira geral, a minha impressão foi a de que o pedal está soando maior e mais encorpado. O Kryptone v.3 mantém os 5 controles tradicionados do fabricante, então se você já teve contato com outrs pedais da Deep Trip, não vai ter contato em se encontrar. As principais mudanças nessa nova versão estão num novo estágio de entrada que faz o circuito do núcleo de fuzz se comportar de forma muito mais natural, soando mais quente e mais dinâmico e na atualização dos controles HIGHS e BIAS. Esse estágio de entrada permite que o Kryptone seja utilizado em qualquer lugar da sua cadeia de sinal, o que é muito legal, já que você não precisa se preocupar se ele vai ser dar bem ou não com outros pedais antes dele, como Wah’s, por exemplo.
Se você ligar o pedal com os controles todos na posição de meio-dia já vai receber um timbre gordo e repleto de saturação. Se o timbre do pedal fosse só esse já estaria maravilhoso! A contra gosto fui mexer nos controles e fiquei espantado o quão mais amplo é o alcance do controle de BIAS se comparado ao da versão anterior. Com o controle no mínimo você encontra uma sonoridade extremamente gated, como se o fuzz estivesse utilizando uma bateria 9v no final da sua vida. No outro extremo, consegui ótimos sons de overdrive com o controle de ganho mais baixo e o volume no máximo. É um alcance que poucos pedais de fuzz oferecem. O controle HIGHS teve a sua faixa de frequência alterada, o que fez com que ele atuasse de maneira muito musical em qualquer posição do seu curso. Pode parecer simples, mas um controle com esse alcance ajuda e muito na hora de ajustar o pedal a diferentes guitarras ou amplificadores.
Eu sempre fui um fã do Kryptone e de suas possibilidades e agora na terceira versão o pedal alcançou um patamar ainda mais alto. É um fuzz para quem gosta e não tem medo de usar esse som, mas também tem versatilidade suficiente para ser utilizado com um overdrive, caso seja necessário. Caso você não queira se abaixar para mexer no knob, mesmo com grandes quantidades de ganho ele limpa super bem com o controle de volume do seu instrumento, oferencendo uma dinâmica e uma sensação. Eu sempre achei o Kryptone o pedal mais subestimado da Deep Trip, mas essa nova versão chegou para mudar isso. Abra seus olhos e ouvidos e venha para o lardo verde do Fuzz!
Facilidade de Usar/Achar bons timbres
Alguns guitarristas podem achar um pedal de fuzz com cinco controles um pouco intimidador, mas a vantagem do Kryptone v.3 é que onde quer que você posicione os knobs, um som matador vai preencher seus ouvidos. Explore os controles sem medo para entender o alcance de cada um, especialmente o controle de BIAS, que pode transformar completamente a sonoridade do pedal. A diversão e os ´timos timbres estão garantidos!
Regulagem Favorita
Volume: 02:00h
Bias: 11:30h
Fuzz: 02:00h
Highs: 03:00h
Lows: 12:00h