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Review: Ragemaster Tone Ink

Acabamento/Construção/Embalagem

A Tone Ink construiu uma identidade muito bem sucedida dentro do mercado nacional. Seus pedais já são bem reconhecidos e possuem um layout muito similar, com a variação de cores de cada modelo sendo respeitada. Então, dentor desse contexto o Ragemaster é um pedal que foge um pouco do padrão dos demais modelos da empresa. Ele mantem a característica (fina) placa de metal onde estão todas as inscrições do pedal (aqui, uma placa pintada numa cor cinza claro, num ótimo contraste com as inscrições em branco) com o pedal branco. Mas o grande diferencial visual do pedal é o knob de mandeira da Jacarandaz. Por ser o único knob no pedal oferece um visual bem diferente.

A construção do pedal é bem sólida. A placa é bem montada e soldada, com componentes de qualidade, incluindo aí os pots, knobs, switches e footswitch. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam “na frente” do pedal assim como a entrada para fonte de alimentação. O Ragemaster deve ser alimentado via fonte padrão (centro negativo) com 9v e ele não possui a opção de alimentação por bateria. Ele é true bypass e possui o mesmo padrão de construção já estabelecido e bem consolidado pela empresa.

A embalagem é uma caixa de papelão simples, toda lisa com um carimbo na parte de cima indicando o modelo que está dentro da caixa. É a embalagem padrão para todos os modelos da empresa. Dentro da caixa o pedal vem embrulhado em plástico bolha e com um manual muito bem escrito e elucidativo. Qualquer dúvida que o usuário por ventura tenha a ter, possivelmente vai ser respondida pelo manual, o que é um mérito do fabricante e uma maneira de fazer com que quem comprou o pedal possa extrair o melhor dele com uma leitura atenciosa.

Timbres

O treble booster foi um efeito largamente utilizado nas décadas de 60 e 70, que foi utilizado por lendas da guitarra como Jimmy Page, Brian May, Eric Clapton, Tony Iommi, Rory Gallgher, Marc Bolan, Richie Blackmore…(a lista é enorme, acredite). E por ser tão utilizado de maneira tão consistente, marcou época por oferecer uma sonoridade bem característica. E por algum motivo que eu não consigo entender, se tornou um efeito meio obscuro e pouco falado entre os guitarristas atuais. Talvez seja a busca por um timbre muito “comportado” e redondo”? O Ragemaster chega nesse contexto sendo uma opção para quem quer tirar o seu timbre da zona de conforto.

Primeiro é preciso entender que o Ragemaster não é um clean booster tradicional. Ele tem um voice muito característico de médios e médios/agudos que vão “abrir” o timbre da sua guitarra entregando uma sonoridade agressiva e coesa. Então ele vai funcionar de maneira muito mais efetiva sendo utilizado em conjunto com uma sonoridade já “suja”, quer venha de um amplificador já saturado, quer venha de um pedal de saturação (distorção ou overdrive). O pedal possui três modos com cada um atuando numa diferente região de frequências e ganho: B.May, J.Page e Cream . O modo Cream é o que tem mais ganho no pedal. Ele vai acrescentar bastante corpo ao som da sua guitarra, que vai flertar com um fuzz, especialmente se você estiver utilizando captadores humbuckers com uma saída um pouco mais alta. Com single coils foi meu modo preferido no pedal.

No modo B. May o Ragemaster entrega um timbre com menos ganho e médios mais vocais fazendo uma referência muito clara ao som do guitarrista britânico. Esse soou quase como seu eu tivesse deixado um wah acionado e parado numa posição específica para encontrar um som específico. Os médios são realmente presentes o que vai ajudar muito a destacar-se numa mix. Ele funcionou muito bem empurrando overdrives distintos e em guitarras com diferentes captadores. Foi meu modo favorito no pedal por levar meu timbre a um lugar diferente e isso foi bem útil em algumas situações específicas. No modo J. Page a sonoridade é a mais equlibrada entre os modos. Os médios são mais macios (sem deixarem de ser bem presentes) e mais corpo do que no modo B. May mas sem correr os riscos da possibilidade de um timbre mais embolado, como pode acontecer no modo Cream.  É um modo muito interessante para você utilizar em situações com um pouco mais de ganho. O resultado será uma distorção mais firme com um leve sabor vintage.

O Ragemaster é um pedal com uma capacidade que poucos pedais tem hoje em dia, que é levar o seu timbre distorccido para um outro lugar, com a penas uma pisada. É uma sonoridade bem específica, com uma pegada vintage que, se bem explorada, pode se tornar uma ferramenta bem importante em gigs e gravações. Apesar das diferentes opções de sonoridade, ele trabalha com uma proposta mais específica, não sendo dos pedais mais versáteis. Mas mesmo assim, caso você esteja a procura de um pedal que possa modificar o seu timbre, seja para um solo, riff ou um repertório inteiro com uma proposta mais voltado para timbres clássicos, o Ragemaster pode ser o que você procura.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O Ragemaster é um pedla extremamente simples de se utilizar, devido aos poucos controles que ele possui. Mas talvez seja necessário um tempo exerimentando os três modos para entender se e onde eles se encaixariam dentro da sua proposta sonora. É um pedal que vai se sair muito bem com captadores de saída mais baixa mas que será preciso entender a melhor maneira de utilizá-lo com guitarras equipadas com captadores de sáida mais alta.

Regulagem Favorita

Boost: 03:00h

Mids: B. May

 

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