Acabamento/Construção/Embalagem

O Analog Chorus faz parte do que hoje se chama “Vintage Series” que foram os primeiros pedais lançados pela Joyo. O acabamento é simples mas funcional, e transmite exatamente a mensagem e a referência que o fabricante deseja passar. O visual é clean e os knobs brancos casam muito bem com a cor “azul bebê” do pedal. As inscrições são bem visíveis e ajudam a manter o visual limpo, já que são apenas dois controles.

A construção interna do pedal é simples e eficiente. Com uma placa bem montada, sem excesso de solda ou fios. Lembrando que se trata de um pedal analógico, com BBD’s no circuito, que conta com relativamente poucos componentes. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam nas laterais do pedal. A entrada para a fonte de alimentação fica no lado direito, um pouco abaixo do jack de entrada de áudio e o pedal pode ser alimentado por fonte padrão (9v, centro negativo) ou bateria de 9v. O pedal é true bypass e apesar da chave de acionamento não ter me passado muita segurança, continua funcionando normalmente desde a chegada do pedal.

A embalagem dessa série da empresa é bem característica, Na cor preta, com um circuito desenhado e a palavra pedal destacada em roxo (?) na parte superior da caixa. Nas laterais as informações do fabricante e do modelo do pedal são fixadas em adesivos na cor prata. O pedal é acompanhado de um manual (super simples e básico) com instruções de operação em inglês e chinês.

Timbres

A sensação ao pisar no JF-37 Analog Chorus é de estar em território conhecido: O timbre clássico dos chorus analógicos que marcou a música na década de 80. O circuito utiliza chip BBD (Bucket Brigade) para oferecer essa sonoridade tão característica. Os chorus analógicos são conhecidos por oferecer um timbre mais “quente” do que seus irmãos digitais e por isso são bem conceituados.

Apesar de possuir apenas dois controles, você consegue extrair do Analog Chorus uma quantidade bem interessante de possibilidades. De um Chorus super carregado, a um timbre “a la rotary speaker”, passando por um timbre um pouco mais metálico e sem tanto movimento. Os controles de rate e depth respondem muito bem e são úteis em praticamente todo o seu curso. Obviamente as possibilidades de customização do som são bastante limitadas pelos poucos controles, mas eu particularmente fiquei bem satisfeito com os sons. Utilizei o Analog Chorus tanto para timbres com o efeito super destacado, num timbre “full chorus” como numa configuração bem discreta, para usar com drive (inclusive posicionando o pedal no início da cadeia) e funcionou muito bem. Uma coisa que pode desagradar alguns é que ao ser acionado, o pedal dá um pequeno boost de volume no sinal. Não me incomodou e até foi útil em algumas situações, mas sei de pessoas que se incomodaram com essa característica.

A grande pergunta é como ele se compararmos a um CE-2, que é a grande referência de todos ao pensarmos em chorus analógico. Eu posso estar enganado quanto a essa impressão, já que faz tempo que não toco com o Boss, mas ele me soou um pouco mais “brilhante” que o Boss. Não é nada que o torne próximo a um chorus digital, mas a diferença existe, caso essa seja uma dúvida de quem está lendo essas mal-traçadas linhas.

Se você curte um bom chorus e não quer (ou não pode) gastar tanto num pedal de chorus mais caro e com mais recursos, eu recomendo dar uma olhada nesse Analog Chorus da Joyo. É um pedal que entrega ótimos sons, é fácil de usar e vai agradar quem gosta do efeito. E isso tudo sem precisar gastar uma fortuna.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Não deixe que a pouca quantidade de controles passe a idéia de o Analog Chorus ser um pedal limitado. Ele entrega os timbres que precisa entregar, de maneira prática e fácil e se você se aventurar pelos controles pode encontrar umas texturas bem interessantes.

Regulagem Favorita

Rate: 12:00h

Depth: 3:00h