Review: Dream Reaper Adventure Audio

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Review: Dream Reaper Adventure Audio

 

Acabamento/Construção/Embalagem

A Adventure Audio é uma empresa americana que costuma fazer diferentes acabamentos e cores para seus pedais. O modelo que estamos analisando tem o acabamento na cor laranja e é bem chamativo quando está no pedalboard.  A arte do pedal é simples mas bem bonita e está em toda parte superior do pedal. A pintura é muito bem executada e não encontrei nenhum tipo de falha. As inscrições não são das mais visíveis (pela quantidade de controles e pelo tamanho das palavras) a distância mas também não é nada que compromete diretamente o resultado final. Achei o pedal bem bonito.

A construção do Dream Reaper é impecável. A placa é muito bem montada e organizada se utilizando de bons componentes em todo o circuito. É uma placa até compacta tendo em vista a quantidade de controles que o pedal possui. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na parte da “frente” do pedal, assim como uma entrada para pedal de expressão e a entrada para fonte de alimentação. O pedal consome cerca de 10ma e pode ser alimentado via fonte padrão (9v, centro negativo) e tem o chaveamento true bypass.

A embalagem do fabricante é bem simples, no padrão “caixa branca”. A embalagem possui um carimbo na parte de cima com a logo do fabricante e um carimbo na lateral com espaço para informações sobre o modelo e esse espaço preenchido a caneta. Bem simples. Dentro acompanha um manual, que é muito bem ilustrado mas peca na explicação de alguns controles, preferindo termos conceituais e vagos a explicações mais práticas. Nenhum problema nisso a princípio, mas pode tornar o entendimento do pedal mais demorado.

Timbres

É bom não esperar sutilezas nesse pedal. Tudo no Dream Reaper é muito intenso e os timbres que ele oferece são, em grande parte, estranhos e selvagens. E isso transforma esse pedal num verdadeiro laboratório sonoro! O pedal é definido pela empresa como um “Fuzz Modulation” mas isso talvez não seja a melhor descrição para compreendê-lo. Até porque não há uma modulação propriamente dita no pedal (a não ser que você considere uma sirene como modulação). O tormo aqui se refere mais a uma modulação no voicing. O coração do pedal é o knob Filter, que tem um alcance bem extenso e pode oferecer sonoridades bem diferentes. Ele vai funcionar de maneira similar a como um filtro funciona num Big Muff: Geralmente mais graves e médios definidos para a esquerda. Agudos mais definidos e menos graves à direita.

Com o controle de filtro todo para a direita você vai conseguir timbres bem cortantes, flertando com alguns timbres de synth (dependendo da combinação de outros controles. Para a esquerda os timbres vão ficando gordos e poderosos, com aquela característica “gated”. Os controles de ganho e bias também interagem fortemente com o filtro, oferecendo uma gama imensa de possibilidades e combinações. O knob Cutoff é outro que está diretamente ligado ao controle filter, controlando onde o limite superior do filtro está rolando. São muitas sonoridades de fuzz num só pedal! Dá para cobrir uma gama gigantesca de timbres e a interação com os captadores do seu instrumento sempre vai ser um fator a ser levado em conta. Quando utilizei o Dream Reaper com humbuckers, tive que “abrir” um pouco mais os controles filter e cutoff para que o timbre não embolasse demais. Mesmo assim consegui arrancar timbres em que parecia escorrer gordura pelos falantes do amplificador! Esse pedal também foi capaz de fazer minha strato soar gorda e gated ou magra e cortante apenas ajustando esses dois controles.

Quando você pisar no footswitch Dream, um portal para outra dimensão se abrirá na sua frente. Ele vai acionar o modo “auto-oscilação” no pedal e aí salve-se quem puder! Os sons aqui podem ficar bem bizarros (ou estranhamente musicais, dependendo das configurações dos controles) e novas formas de utilizar o pedal aparecem. O controle reap vai funcionar quando esse modo estiver ativado e ele funciona como se fosse um cabo de guerra entre as oscilações de feedback e o sinal de entrada distorcido.  Aqui as coisas podem ficar realmente malucas e até uma “sirene” pode aparecer no intervalo entre notas com a possibilidade de controle da oitava que está sendo gerada. Mas mesmo no aparente caos, dá pra extrair algumas sonoridades bem interessantes por aqui.

O Dream Machine é um dos pedais de fuzz mais divertidos que já passaram por aqui. É um pedal repleto de possibilidades e ótimos timbres. Se você gosta de rodar knobs e explorar texturas e novas sonoridades é um pedal que vai lhe trazer muitos desafios e a satisfação de descobrir timbres que você nem sabia que precisava. Se você gosta de sonoridades mais tradicionais e mais “prontas” pode deixar passar. Por mais desafiador e divertido que seja não é todo mundo que vai ser adaptar a ele, e tudo bem com isso. Nem todo pedal é para todo mundo. Mas para quem gosta de fuzz e tiver a possibilidade de conhecer esse pedal, não deixe passar. Serão horas garantidas de diversão e barulho para você. MUITO barulho.

 

 

 

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Pela quantidade de controles já dá para perceber o quão desafiador o Dream Machine será. A interação entre os controles precisa ser muito bem explorada e entendida para que se consiga extrair o que o pedal possui de melhor. E para isso acontecer é preciso investir tempo, já que a curva de aprendizado aqui é bem alta. Explore cada controle individualmente e depois vá interagindo entre eles e com seu instrumento e boa viagem!

Regulagem Favorita

Bias: 3:00h

Volume: 11:00h

Cutoff: 12:00h

Filter: 11:00h

Sense: 12:00h

Range: Para cima

Reap: 11:00h

Gain: 1:00h

Force: Para baixo.

 

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