Review: Kûarasy Wintter Labs

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Review: Kûarasy Wintter Labs

 

Acabamento/Construção/Embalagem

O Kûarasy é o quarto pedal da Wintter Labs e como tem sido praxe da empresa, apresenta um visual bem diferente dos seus “írmãos”. Uma coisa a se destacar nos pedais do fabricante é a relação direta do nome do pedal e da arte com a qual ele é apresentado. Aqui o fabricante apresenta um design minimalista, com uma bonita representação do sol e o nome do modelo. Uma coisa que chama atenção é a ausência de inscrições dos controles no pedal. A logo do fabricante fica na lateral e o pedal ostenta o polêmico nome de “overdrive”abaixo do footswitch. O resultado final me agradou bastante.

A construção do pedal é bem sólida, com uma placa bem montada e soldada, com bons componentes. Tudo muito limpo e organizado. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal, assim como a entrada para a fonte de alimentação. O Kûarasy deve ser alimentado com fonte padrão (9v, centro negativo) e não possui a opção de alimentação por bateria.

A embalagem é bem simples. Uma caixa de papelão com o adesivo da empresa na parte de cima da caixa. Dentro da caixa, o pedal vem embalado dentro de um charmoso saquinho de pano, acompanhado por um adesivo da empresa. O manual do pedal é enviado ao cliente após a compra por meios eletrônicos, de maneira ecologicamente correta e é simples mas claro e esclarece quaisquer dúvidas que o usuário possa ter sobre o funcionamento do pedal.

Timbres

Se fosse para definir o Kûarasy em uma única palavra a minha escolha, sem dúvida alguma, seria personalidade. E é uma soma de vários fatores que começam no visual do pedal e culminam no timbre do mesmo. Chamar esse pedal de overdrive é uma contravenção. É um recado debochado e corajoso ao mercado de que rótulos e definições nem sempre se encaixam naquilo que imaginamos ou idealizamos. Eu sou testemunha disso. Levei um susto ao ligar esse pedal.

O Kûarasy não é dado a sutilezas. Possui ganho suficiente para cobrir timbres ultra-pesados e agressivos, mas sem mascarar o DNA do pedal. A característica do ganho também é um pouco diferente de outros pedais de alto ganho. Imagine se um Metalzone tivesse uma relação proibida com um Tonebender e gerassem um filho bastardo. É por aí. Mas mesmo com tanto ganho, eu fui capaz de extrair do pedal timbres mais convencionais, que funcionaram bem como um overdrive de segundo estágio, reduzindo bastante o knob de ganho. E o que é legal é que você vai ter esse drive, mesmo com pouco ganho, com uma característica diferente do que se vê por aí. O pedal transitou bem entre diferentes guitarras, entregando resultados interessantes em todas.

Os controles de equalização são o coração do pedal e a chave para ajustá-lo ao seu equipamento. Eu sei que isso parece óbvio para qualquer pedal, mas é que no Kûarasy fica ainda mais evidente. Ao ligar o pedal com todos os controles de equalização na posição “meio-dia” pareceu que eu estava com um Wah ligado, fazendo um tipo de “parked wah”, com o timbre bastante anasalado. Ao girar o controle de graves para a direita a sensação é de ser atingido por um direto no estômago com a massa de graves que o pedal oferece, especialmente com humbuckers. Nesse caso é prudente reduzir um pouco ganho para que essas frequências não embolem.

O Kûarasy não é um pedal para todo mundo. Longe disso. É um pedal para quem procura certas características, certos sons específicos. É um “Overdrive” não-polido” e “não-transparente” que vai obrigar você a girar os knobs em busca do som que você procura. Não é um pedal que vai entregar o timbre já pronto. E isso, por mais que não pareça, é uma virtude pois força o músico da sua zona de conforto. O Kûarasy é um pedal que não se encaixa no som que eu faço hoje em dia. E utilizá-lo dentro do meu contexto foi um desafio que me fez quebrar a cabeça. Talvez por isso tenha gostado tanto do pedal. A galera que toca shoegaze, post-rock, vai se deleitar. E se você gosta de desafios, aqui vai um para você: Tente domar essa fera. E leve um protetor auricular. Você vai precisar.

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

Como eu citei anteriormente, você vai ter que brigar com o Kûarasy, primeiro para entender a extensão de cada controle e arrancar dele os timbres que você quer. Mas não se espante. É um processo bem interessante e prazeroso, onde cada alteração num knob de equalização pode levar você a um território inóspito e as vezes, surpreendente. É um pedal que vale a pena explorar por inteiro para descobrir tudo de bom que ele pode oferecer.

Regulagem Favorita

Volume: 12:00h

Ganho: 1:00h

Agudos: 11:00h

Médios: 12:00

Graves: 5:00h

 

1 Comment

  1. […] se destacarem no mercado nacional e internacional nos últimos anos. Ao contrário de seu irmão Kûarasy, o Lover tem por objetivo realmente manter as características originais de cada guitarra utilizada […]

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