Review: Rous Pettyjohn Electronics

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Review: Rous Pettyjohn Electronics

 

Acabamento/Construção/Embalagem

Esse é o primeiro pedal da Pettyjohn Electronics que temos a oportunidade de analisar. O ROUS pertence a linha Core Series e possui um acabamento simples, mas bastante eficiente. A pintura na cor branca é muito bem executada e deixa as inscrições do pedal (que são na cor preta) plenamente visíveis e fáceis de identificar. A escolha dos knobs na cor preta e um led gigante na cor branca completam o ótimo conjunto do pedal.

A construção do ROUS é excelente. A placa é extremamente bem montada, com ótimos componentes. Os jacks de entrada e saída de áudio ficam na “frente” do pedal, assim como a entrada para fonte de alimentação (Não possui opção de alimentação por bateria). O pedal tem a curiosa indicação de alimentação de 7 a 18v com um consumo de 100 mA. O pedal é true bypass e possui o sistema de relay para um acionamento sem ruído no footswitch.Um detalhe interessante é a caixa utilizada para a construção do pedal, que tem um formato um pouco menor e foi desenvolvida por uma empresa especializada para esse fim.

As embalagens da Pettyjohn são personalizadas (pelo menos para a Core Series) na cor azul com as inscrições em verde claro. O que eu achei interessante é que entre essas inscrições na caixa está um aviso para vídeo manuais, com  o endereço do site para acessar esses recursos. Será uma alternativa válida para a ausência de um manual na caixa? Eu não estou certo disso, mas que bom que pelo menos o fabricante se deu ao trabalho de preparar um conteúdo explicando o funcionamento e especificações do pedal (por mais simples que sejam).

Timbres

O ROUS tem sua estrutura sonora baseada no clássico RAT. E mesmo com a a adição de novos recursos, consegue manter o DNA do timbre clássico, o que sem dúvida é muito legal. Aqui você vai encontrar aquela distorção encorpada, com o timbre “gordo” mas com mais recursos, facilitando e ampliando a utilização do pedal. São quatro knobs (Level, Gain, Bass e Treble) e um Switch (Fire/Swamp). Os controles de equalização são localizados antres do ganho no circuito. Isso possibilita uma dinâmica diferente, em que ao aumentar as frequências você também interfere no ganho (no caso do controle de graves) e nos harmônicos (com o controle de agudos).

A primeira coisa que me chamou a atenção no ROUS foi o alcance do controle de ganho.  Ele oferece várias possibilidades e é bem mais abrangente que o controle de ganho do RAT original. Você pode utilizá-lo tranquilamente como overdrive reduzindo o controle de ganho e ele vai funcionar muito bem. E se você conhece o circuito original, sabe que não era lá um ponto muito forte dele essa variação de ganho tão abrangente. O Switch Swamp/Fire também ajuda nessa versatilidade de timbres oferecida pelo pedal. Na posição Swamp a clipagem é de germânio e proporciona um ataque mais macio e mais volume geral. No modo Fire p édal utiliza um hard clipping de silício e é a  que mais se aproxima do timbre “tradicional” , com mais ganho, um timbre mais “fuzzy”, mas menos volume. Aliás, de maneira geral achei que o pedal poderia ter mais volume de saída.

Os controles de equalização são os grandes destaques no ROUS. Os controles ficam localizados antes do ganho no circuito, o que fará com que as frequências interfiram diretamente na quantidade de ganho gerada pelo pedal, especialmente no caso do controle de graves. Esse controle trabalha na faixa de 30Hz a 1kHz. Uma experiência interessante é deixar o controle de ganho numa regulagem com pouco ganho e carregar no controle de graves para você perceber como é a interação dele com o nível geral de ganho. De maneira geral ter esse controle dedicado de graves deixou o timbre muito mais redondo. Os agudos (que trabalham na faixa de 22kHz descendo até 1kHz) também soam mais redondos, mas sem deixar totalmente a aspereza característica do timbre clássico. Ele também fica localizado antes do controle de ganho o que potencializa os harmônicos do pedal. O ROUS trabalhou muito bem com diferentes guitarras e nos meus amplificadores de DNA britânico. Tanto com a Les Paul como com a Fender o resultado foi bem legal, na grande maioria das vezes com ele sendo utilizado como uma distorção mesmo mesmo. Obviamente foram necessários ajustes nos controles de equalização para uma melhor adequação ao timbre do instrumento, mas com resultados muito legais.

O ROUS é uma opção muito bacana para quem gostava do timbre do RAT mas almejava um pouco mais de variação e possibilidades do pedal. O alcance do ganho é bem útil e a sessão de equalização é fundamental para um bom resultado final. Os controles respondem muito bem e ajudam o pedal a se adequar a diversas situações. Para os mais puristas, ele perdeu um pouco da característica selvagem do clássico, torando as frequências um pouco mais polidas, mas ainda assim permitindo alguns timbres mais selvagens se você estiver disposto a explorar o pedal e girar os seus botões. Nada como um timbre clássico e amado com ainda mais opções de regulagens!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

O ROUS é super simples de se usar, mas entender ben como funcionam os controles de equalização (na prática) vai ser fundamental para conseguir extrair o que o pedal pode oferecer de melhor. O fato desses controles (de equalização) serem colocados antes do ganho no circuito, oferecem novas possibilidades e a interação entre os controles é bem grande. Mas com isso bem entendido fica fácil de domar o pedal e extrair ótimos timbres dele!

 

Regulagem Favorita

Level: 2:00h

Drive: 2:00;

Lows: 3:00h

Highs: 12:00

Switch: Swamp

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