Review: Ages Five-State Overdrive Walrus Audio

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Review: Ages Five-State Overdrive Walrus Audio

 

Acabamento/Construção/Embalagem

A Walrus Audio se tornou uma referência quando nos referimos ao quesito acabamento/arte na indústria dos pedais. Os pedais da empresa são repletos de personalidade e com um acabamento incrível e com o Ages não haveria de ser diferente. Colocar a arte de um Mamute em um pedal não é lá das escolhas mais óbvias, mas o resultado final ficou bem legal. A escolha de cores em conjunto com os knobs foi excelentem oferecendo um visual bem legal ao pedal.

A construção do Ages também é impecável. A placa é muito bem montada, com ótimos componentes e sem nenhum tipo de excesso de cola, solda ou fios. Os jacks para entrada e saída de áudio ficam na frente do pedal assim como a entrada para fonte de alimentação. O pedal deve ser utilizado com fonte 9v e não tem opção de alimentação via bateria. Um detalhe é que o fabricante não recomenda a utilização do pedal com fontes tipo “daisy chain”.

A embalagem é muito bonita e é padronizada pela empresa para todos os seus produtos. A caixa é preta com a logo do fabricante verde na parte superior, e  com a indicção do modelo fica em uma das laterais do pedal. Dentro, o pedal vem embalado num saquinho de tecido branco com a logo do fabricante. Ainda acompanha adesivo, palheta e um manual simples mas muito bem ilustrado.

 

Timbres

O Ages é um dos overdrives mais versáteis que passaram por aqui ultimamente e o grande diferencial dele é oferecer 5 diferentes tipos de clipagem para que você consiga encontrar a sonoridade que mais lhe agrade e/ou se adeque ao seu setup. E são opções que realmente fazem diferença no resultado sonoro, especialmente nas quantidades de ganho e compressão oferecidas pelo pedal. E por conta disso é o tipo de pedal que pode ser utilizado em diferentes funções dentro do pedalboard. Tanto como um booster (um pouco mais sujo) como na função de overdrive de segundo estágio, e isso tudo sem descaracterizar o seu instrumento.

O primeiro modo apresenta um soft clipping de silício. É de baixo ganho oferece uma sonoridade comprimida e suave e é um modo excelente para utilizar o Ages como booster para empurrar um outro drive ou um amplificador valvulado. Mas mesmo no primeiro modo, se você carregar no controle de ganho, o pedal vai entregar uma ótima sonoridade de overdrive de primeiro estágio, com um timbre bem aberto e musical. O segundo modo também é de baixo ganho e oferece uma clipagem soft LED simétrica. Na prática oferece um timbre mais aberto, com menos compressão e mais brilho. Foi provavelmente o modo que eu mais utilizei ao vivo, especialmente com singles e ofereceu um ótimo timbre crunch, com um brilho a mais que soou muito bem. Um ajuste no controle de graves permitiu que o timbre não ficasse muito estridente e ofereceu o “corpo” necessário para uma ótima sonoridade de primeiro estágio, com aquele timbre “transparente” que tanta gente gosta, mas com uma saturação bem presente.

O terceiro modo já entra em um território de mais ganho. Ele oferece uma clipagem soft, simétrica de silício. Nesse modo você já pode utilizar o Ages tanto na função de primeiro estágio como na de segundo estágio dependendo da quantidade de ganho que você pretenda usar. E o que é legal é que mesmo com quantidades de ganho maiores o timbre não se torna embolado, permitindo que as notas ainda soem articuladas. E aqui o knob Dry começa a fazer mais diferença, porque ele pode acrescentar um pouco de sinal não saturado ao seu timbre. No quarto modo o pedal entra definitivamente no território do rock’n roll. Nesse modo a clipagem é soft, simétrica e através de Led o que resulta num timbre gigante! Esse modo é ideal para aquelas bases cheias de saturação que soam grandes mas também com uma boa dose de definição! E você ainda consegue limpar bem o timbre com o volume da guitarra, passando de um drive com bastante ganho para um crunch e vice-versa utilizando esse recurso. O último modo oferece um hard clipping simétrico de silício que resulta numa sonoridade com bastante compressão e gordo. Esse é o modo em que você vai extrair as sonoridades mais pesadas no Ages, mas como eu já mencionei, não espere nada de alto ganho nesse pedal. Por conta da quantidade de compressão, com ganho no máximo ele dá uma “flertada” com uma sonoridade fuzz que pode ser ressaltada (ou não) através dos controles de equalização. Aliás, eu falei pouco desses controles mas eles são bem musicais e úteis, ajustando a adequar o pedal a diversas situações.

O Ages trabalhou bem em diferentes guitarras e amplificadores se mostrando bem versátil e com ótimos timbres. As opções de clipagem são ótimas e muito musicais, oferecendo diversas possibilidades de timbres e maneiras com as quais o pedal pode ser utilizado. Ele pode ocupar diferentes posições e funções dentro do pedalboard sem descaracterizar o seu timbre. Uma pena é que apenas seja escolher um modo por vez. Mais um ótimo produto da Walrus!

Facilidade de Usar/Achar bons timbres

A utilização e o processo de aprendizagem do Ages são bem tranquilos. Cada modo apresenta uma diferente característica sonora e a missão do guitarrista vai ser escolher a função em que o pedal será utilizado para um melhor aproveitamento. A seção de EQ é bem tranquila e musical, e o controle dry vai fazer difente nos modos que oferecem mais ganho, mas utilizá-lo nesses modos pode oferecer mais clareza e definição ao timbre.

 

 

 

Regulagem Favorita

Vol: 12:00h

Dry: 13:00h

Gain: 11:00h

Bass: 13:00h

Mode: II

Treble: 13:00h

 

 

1 Comment

  1. […] Eras segue a mesma idéia estabelecida pelo seu irmão mais novo, o Ages , só que elevando bastantes os níveis de ganho. Ele é um pedal de distorção, com 5 diferentes […]

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